HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Russos tentaram infiltrar-se no
Instituto dos Registos e do Notariado
Os russos têm estado ativos nos países aliados da Nato. No início do mês foi apanhado e expulso um da Lituânia
Portugal tem estado na mira da estratégia de espionagem russa, tal como outros países que fazem parte da Aliança Atlântica.
No ano passado, a revista Sábado
deu conta de uma operação de contraespionagem do SIS, levada a cabo em
2013, que detetou uma tentativa de intrusão das secretas russas no
Instituto dos Registo e do Notariado (IRN).
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Os agentes queriam aceder à informação civil e empresarial guardada no IRN através de um funcionário da instituição. A Sábado contou que foram expulsos dois funcionários/espiões da Embaixada da Rússia.
Ao
contrário do que aconteceu no presente caso do espião português, Júlio
Pereira nada terá comunicado ao Ministério Público para que as suspeitas
fossem investigadas. Esta notícia, contudo, serviu de álibi às secretas
para justificar um varrimento eletrónico (para detetar escutas) no
gabinete do presidente do IRN, António Figueiredo, quando este estava a
ser investigado pela PJ no âmbito do inquérito dos vistos gold. Um dos
elementos do SIS que estava na equipa de varrimento era o próprio
diretor do SIS, Horácio Pinto, amigo de António Figueiredo. Foi tudo
observado e filmado pelos inspetores da PJ que estavam a vigiar
Figueiredo. A Sábado contou que as duas operações, a de
contraespionagem e a dos vistos gold, acabaram por se cruzar. Nos
interrogatórios, António Figueiredo referiu ao juiz Carlos Alexandre
essa situação, quando questionado sobre o varrimento. O juiz tinha
dúvidas sobre se aquela medida de despistagem de escutas teria sido para
detetar os russos ou uma tentativa de António Figueiredo saber se
estava a ser controlado pela PJ.
No
início do mês, a Lituânia anunciou a detenção de um russo acusando-o de
espionagem a favor de Moscovo. Segundo a Procuradoria-Geral de Vilnius,
tratava-se de um agente das secretas russas que "tentou infiltrar-se nas
instituições governamentais, forças da ordem e serviços de informações
lituanos", para influenciar a tomada de decisões.
Em
2008, houve outro caso, desta vez na Estónia, a envolver a detenção de
outro espião russo. Este com uma particularidade que o liga a Portugal:
era portador de um passaporte português. Na altura, o Expresso revelou
que "Jesus", como era conhecido nos meios diplomáticos de Tallinn, foi o
protagonista de "um dos maiores escândalos de espionagem do pós-Guerra
Fria". Era o agente de ligação entre o chefe do departamento de
segurança do Ministério da Defesa da Estónia e a secreta russa.
Durante
cerca de uma década o russo com nacionalidade portuguesa passou
informações a Moscovo, entre as quais matérias classificadas da Nato e
da União Europeia. Herman Simm, 61 anos, atuava em equipa com a sua
mulher, Heete, advogada na sede nacional da polícia estónia. O Times
sugeria que o espião tenha passado durante duas décadas detalhes sobre
mísseis de defesa e armas estratégicas de nova geração.
* Filhos de Putin!
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