24/05/2016

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Caldeira Cabral:
 "Não nos resignamos à ideia 
de haver património histórico a cair"

O ministro da Economia não quer ver monumentos fechados ou "ao abandono". O turismo poderia aproveitá-lo para se dinamizar e crescer, ao abrigo de uma nova estratégia que está a ser definida para a próxima década.
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O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, defendeu esta terça-feira, 24 de Maio, a necessidade de aproveitar o património histórico existente para a dinamização do sector do turismo.

"Não nos resignamos à ideia de haver património histórico a cair e ao abandono", posicionou durante a apresentação da estratégia para o sector na próxima década.

No Convento de Cristo, em Tomar, o político deu como exemplo a realização de congressos para esta valorização. "Portugal tem demasiado património fechado", lamentou.

Caldeira Cabral acrescentou que é necessário "acentuar a relação de parceria e não de antítese" entre os espaços e os agentes do sector.

Para o ministro da Economia, Portugal tem de se adaptar a novos públicos como China e Estados Unidos da América. "Temos de nos preparar para dar melhor resposta a estas diferenças culturais", acentuou.

O político reconheceu ainda, no seu discurso, que a oferta nacional está a crescer em número e qualidade, muito devido aos trabalhadores, "o nosso melhor recurso".

"Num momento em que se batem recordes", Caldeira Cabral considerou que é a altura certa para definir uma estratégia a longo prazo para o sector. "Os próximos meses são também para ouvir", lembrou.

A nova estratégia – que define 10 desafios para o sector até 2027 – avança agora para debate público nos próximos meses, envolvendo agentes de dentro e fora do sector. O documento enquadrará o novo quadro comunitário de apoio 2021-2027.

O sector do turismo representa 15,3% das exportações nacionais e representa 8,2% do emprego em Portugal.

Para dinamizar o sector, o Governo já lançou linhas de investimento no valor global de 110 milhões de euros com vista à qualificação da oferta e aposta na inovação e empreendedorismo.

A redução da taxa do IVA, o lançamento de um programa de captação de novas rotas aéreas ou as medidas previstas no Simplex+, com vista à desburocratização e simplificação dos licenciamentos dos empreendimentos turísticos, são outros exemplos.

* A grande diferença entre este governo  e o anterior é que o actual tem um número considerável de ministros a dizer coisas sensatas, no de Coelho/Portas abundavam as baboseiras.

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