HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Protecção Civil penhorada
em 2,2 milhões por dívidas à Heliportugal
O caso remonta a fevereiro deste ano, altura em que o Tribunal Arbitral decidiu condenar a Autoridade Nacional de Protecção Civil a pagar mas a decisão não foi cumprida. Agora a justiça ordenou a penhora, revelou uma investigação da TVI.
A Proteção Civil foi penhorada em 2,2 milhões por dívidas à empresa
Heliportugal que nunca foram pagas. A notícia foi avançada pelo
Ministério da Administração Interna, citado pela TVI, que garante que a
actividade da Protecção Civil não está em risco.
O caso remonta a Fevereiro deste ano, altura em que o Tribunal
Arbitral decidiu condenar a Autoridade Nacional de Protecção Civil a
pagar 2,7 milhões de euros à empresa Heliportugal, mas a decisão não foi
cumprida. Agora a justiça ordenou a penhora de 2,2 milhões.
Os documentos consultados pela TVI comprovam que a penhora já foi
executada. Há 2,2 milhões de euros que estavam numa conta da Protecção
Civil, junto da tesouraria do Estado, e que foram depositados numa outra
conta bancária criada especificamente para o efeito.
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O diferendo entre a empresa e a Autoridade Nacional de Protecção
Civil tem anos mas a situação agravou-se a partir do momento em que a
Heliportugal perdeu o contrato de manutenção dos helicópteros Kamov. Há
cerca de um ano, a Protecção Civil dizia que, no processo de
transferência para a Everjets, a empresa que ganhou o novo concurso,
foram detectados problemas graves nas aeronaves, que impediam os
helicópteros de estarem operacionais.
Fonte do Ministério da Administração Interna, citada pela TVI, assume
que a Protecção Civil está, nesta altura, a ponderar seriamente
processar a Heliportugal por quebra de compromissos contratuais, e que
em causa estão cerca de cinco milhões de euros.
Sobre a penhora agora executada, o ministério confirma, mas esclarece
que ainda decorre, nesta altura, o prazo legal para contestar. E
garante que a actividade operacional da Protecção Civil não está em
causa. O pagamento de salários não está em risco o combate a incêndios
tem financiamento garantido.
* Este governo está a apanhar com o lixo da negligência provavelmente intencional do anterior governo, não esquecer que este sensível sector esteve sob a tutela de Miguel Macedo.
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