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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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Colégio Militar não alcança
"patamar de excelência"
O Colégio Militar não está a atingir um ensino de "excelência", o principal argumento usado para justificar a sua existência.
Perante
esta situação, com reflexo nos resultados escolares, há já propostas
para a intervenção do Ministério da Educação neste estabelecimento de
ensino a cargo do Exército. O alerta consta de um relatório oficial a
que o JN teve acesso sobre a reorganização dos Estabelecimentos
Militares de Ensino (EME), que integram o Colégio Militar e o Instituto
Pupilos do Exército.
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O documento, "6.º
Relatório de Atividades (janeiro de 2015/setembro 2015)", foi elaborado
em setembro do ano passado, pela Comissão Técnica de Acompanhamento da
Reestruturação dos Estabelecimentos Militares de Ensino Não Superior, e
constitui o último elemento de trabalho para avaliação do Colégio e dos
Pupilos.
A avaliação faz críticas ao
Colégio Militar, com a Comissão Técnica a considerar necessário
"solicitar ao Ministério da Educação uma avaliação externa a desenvolver
no ano letivo 2016-2017, que permitirá um olhar externo sobre a
realidade educativa do colégio, designadamente sobre a prestação do
serviço educativo e sobre os resultados escolares". E esta necessidade
foi sentida na sequência de queixas dos pais dos alunos.
O
relatório admite ser necessário "algum tempo de adaptação" à
reestruturação necessária, mas destaca que "é de toda a importância
atuar na melhoria dos resultados, de forma a transportar o Colégio
Militar para os patamares de excelência esperados".
O
presidente da Associação de Antigos Alunos do Colégio Militar, José
Cordeiro de Araújo, vê "de forma positiva a intervenção de uma entidade
externa, neste caso do Ministério da Educação. Até porque o Colégio
Militar é um estabelecimento de ensino normal, não é, por exemplo, a
Academia Militar, embora tenha enquadramento do Exército".
O
Ministério da Educação surge então como "a melhor instituição para
avaliar o porquê da falha nos resultados escolares. Tem o "know how"
para isso", sustenta Cordeiro de Araújo, que foi até agosto do ano
passado presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação,
fase em que teve de lidar diretamente com o problema dos resultados
escolares.
"A necessidade de melhorar
os resultados escolares une as associações dos Antigos Alunos e dos Pais
e Encarregados de Educação. Queremos o melhor para o colégio, mas
queremos também que a instituição volte ao topo dos rankings. E é
preciso não esquecer que o Colégio Militar é um projeto educacional.
Queremos também a melhor educação para os jovens que o frequentam".
O
atual presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação, João
Quadros, manifesta opinião idêntica e destaca a necessidade de agir
rapidamente: "A avaliação já podia ter sido este ano".
A
pressa dos pais em ultrapassar os maus resultados não tem
correspondência no Exército, para quem o Ministério da Defesa remeteu
explicações sobre o assunto. O "Colégio e os Pupilos têm um projeto
educativo por períodos de cinco anos, ao fim dos quais, se assim for
tido como conveniente, ocorrerá uma atividade inspetiva ou avaliadora
por uma entidade externa. Tal facto não invalida, porém, que o Exército
promova e execute, anualmente, as avaliações que permitam a aferição das
melhores condições pedagógicas e escolares a proporcionar aos alunos".
E
quanto à data de 2016/2017 para uma avaliação externa, o Exército
responde que uma vez que o Colégio e o Instituto estão na "fase de
projeto educativo penta anual, o qual terminará em 2017, só nessa data o
mecanismo avaliativo por uma entidade externa poderá ocorrer".
* Entretanto anda um sub-director da instituição preocupado com a orientação sexual de alguns alunos. Aguardamos que a "nata" dos oficiais que vociferaram contra o ministro, se pronunciem sobre a falta de qualidade de ensino no Colégio Militar.
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