05/04/2016

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HOJE NO 
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Inspetor-chefe e ex-coordenador 
da PJ detidos por corrupção

A Polícia Judiciária deteve, esta terça-feira, um inspetor-chefe e um coordenador, já reformado, por suspeita de corrupção e branqueamento de capitais.

São duas figuras de peso na instituição, que se distinguiram no combate ao tráfico de droga. Durante a operação, denominada "Aquiles", foram detidas mais 13 pessoas.
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Um dos detidos, Carlos Dias Santos, esteve mais de 30 anos na PJ, tendo sido um dos principais investigadores da Direção Central de Investigação de Tráfico de Estupefacientes (atual Unidade Nacional de Combate ao Trafico de Estupefacientes).

O outro detido, Ricardo Macedo, ainda no ativo, é inspetor-chefe naquela unidade.

Em comunicado, a Judiciária refere que foram detidos 15 homens, com idades compreendidas entre os 39 e os 61 anos, que são suspeitos de corrupção ativa e passiva, branqueamento de capitais e tráfico de estupefacientes.

A operação mobilizou quase duas centenas e meia de elementos da Polícia Judiciária, bem como magistrados judiciais e do Ministério Público, tendo sido realizadas cerca de 120, domiciliárias e não domiciliárias, em todo o território nacional.

Na ação participaram elementos da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, com a colaboração da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, entre outras.


Europol diz que casos de corrupção
 em chefias são exceção

O diretor da Europol disse, em Bruxelas, ser pouco habitual encontrar corrupção a nível das chefias das polícias, numa referência à detenção de dois agentes da Polícia Judiciária.

Na conferência de imprensa sobre o relatório anual de mercado de droga na União Europeia, Rob Wainwright foi questionado sobre a detenção de 15 homens, incluindo dois elementos da PJ, por suspeitas de corrupção ativa e passiva, tráfico de droga agravado, associação criminosa e branqueamento de capitais.

"Não vemos corrupção a níveis muito altos, por isso será uma situação excecional, mas não temos conhecimento [dessa investigação]", comentou o responsável, que espera a partilha em breve de informação por parte de Portugal sobre este caso.
Rob Wainwright acrescentou que a "corrupção continua a ser um fator que facilita a atividade dos grupos criminosos em muitas áreas, como o mercado de drogas ilícitas".

* Apesar da gravidade da situação devemos entender que a PJ está bem viva, capaz de renascer das cinzas de maus elementos.


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