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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
"AÇORIANO ORIENTAL"
Bloco de Esquerda quer proibir organismos
geneticamente modificados nos Açores
geneticamente modificados nos Açores
O Bloco de Esquerda (BE) nos Açores defendeu hoje a proibição
total do cultivo, importação e comercialização de organismos
geneticamente modificados (OGM) vegetais na região, alegando ter
conhecimento de produções de milho nas ilhas de São Miguel e Terceira.
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“O BE não vai fazer o trabalho de Governo [Regional]. O BE
sabe é que o Governo não está a fazer o seu trabalho, porque existem
campos de ar aberto, em ambiente descontrolado onde se está a produzir
OGM”, afirmou a deputada bloquista, Zuraida Soares, numa conferência de
imprensa em Ponta Delgada.
O BE entregou hoje no parlamento açoriano um projeto de decreto
legislativo regional que proíbe o cultivo, importação e comercialização
de OGM vegetais e um requerimento ao Governo Regional, com quatro
questões relativas à aplicação da legislação sobre os OGM em vigor nos
Açores.
Em 2012, por proposta do Governo Regional, o parlamento açoriano
aprovou legislação sobre os organismos geneticamente modificados, que
regula a sua utilização nas ilhas.
A iniciativa do Executivo açoriano surgiu após uma petição popular,
com mais de 1.400 assinaturas, que pedia a proibição do cultivo de
variedades de OGM na região.
Zuraida Soares explicou que o decreto legislativo regional em vigor
“apenas regula”, mas os bloquistas pretendem a proibição, recordando que
“há riscos para a saúde pública e preservação do ecossistema”
associados aos OGM.
“Os Açores com uma marca ‘Açores’ que se pretende vender como verde,
puro como a água, cristalina, não pode, de maneira nenhuma, estar a
enganar as pessoas”, disse a única deputada bloquistas no parlamento
regional, argumentando que “até se ter a certeza absoluta de que os OGM
não são nocivos deve aplicar-se o princípio da precaução”.
Segundo Zuraida Soares, a legislação em vigor nos Açores permite a
existência de campos experimentais sem a exigência de ser em ambiente
fechado e controlado e a comercialização, “contrassensos que devem ser
corrigidos”.
Além da proibição, importação e comercialização de OGM, o projeto de
decreto legislativo regional do BE prevê a existência de cultivo em
ambiente controlado, “espaço interior ou exterior que garante a total
ausência de contaminação biológica do meio envolvente” e apenas para
fins de investigação científica.
Os bloquistas querem que o Governo Regional informe quantos
requerimentos deram entrada nos serviços a solicitar permissão para
cultivo de OGM nos Açores, quantas autorizações foram concedidas e o
último relatório sobre o que se passa nas nove ilhas em termos dos
campos experimentais de OGM, entre outros aspetos.
Zuraida Soares alegou que a iniciativa bloquista visa defender os
Açores e recordou que a Madeira proibiu a produção e comercialização de
OGM desde 2010.
* E no continente sra. deputada, porque há OMG's?
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