04/03/2016

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HOJE NO
"i"
Caos total. 
“Urgências” do IPO de Lisboa sem condições para utentes

Doentes oncológicos são instalados em macas e cadeirões nos corredores do Serviço de Atendimento não Programado, sem condições.
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POUPAR...
Doentes em macas e em cadeirões nos corredores, um rácio insuficiente de enfermeiros e a ausência de médicos em permanência – na prática, o Serviço de Atendimento não Programado do IPO funciona há anos como uma urgência hospitalar para os doentes oncológicos, mas sem as condições exigidas para tal.

Ao i, fonte daquele hospital refere que o serviço tem cerca de uma dezena de camas disponíveis. Mas encontra-se permanentemente lotado e, em consequência disso, os doentes em excesso são instalados em condições que colocam em causa a prestação de cuidados de saúde. “Os doentes comem, tomam banho e recebem cuidados nos corredores”, diz fonte hospitalar.

Estando em causa doentes oncológicos, também não há instalações adequadas para a aplicação de oxigénio nas condições normais (é preciso recorrer a garrafas móveis) e não há aspiradores disponíveis de imediato (equipamentos importantes para evitar asfixias).

Ontem, dia em que o serviço se encontrava mais uma vez sobrelotado, a administração do hospital procurou uma solução de recurso para retirar os doentes daquele serviço.

O conselho de administração e a direção de enfermagem do IPO recorreram a outros serviços daquele hospital, colocando ali os doentes que estavam a ser acompanhados no Serviço de Atendimento não Programado. “Um precedente gravíssimo”, considera fonte daquele hospitalar”. Desde logo, porque os serviços para onde foram deslocados os doentes também não tinham condições técnicas nem logísticas para receber aqueles casos.

Na verdade, alguns dos doentes foram retirados das “urgências”, libertando espaço naquele local mas acabando, em alguns casos, por ser instalados nos corredores de outros serviços do hospital, mais resguardados.

O i tentou obter esclarecimentos por parte do IPO de Lisboa, mas não obteve resposta até ao fecho desta edição.


*  "pàf"



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