HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Mãe que levou filhas à morte tinha feito queixa por abuso das menores
A mulher que caiu ao rio com duas filhas, em Caxias, já tinha apresentado queixa em novembro na polícia por violência doméstica e suspeita de abusos sobre as meninas, encontrando-se o caso sinalizado pela comissão de menores.
.
A informação foi avançada à agência Lusa por Fátima Duarte, da Comissão
Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, contando que a
situação foi sinalizada à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens
(CPCJ) da Amadora, em novembro de 2015.
"Dado os contornos da situação", o caso "seguiu de imediato" para o
Ministério Público, a quem compete investigar este tipo de situações,
disse a responsável.
Perante uma "suspeita de abuso sexual dos
menores por parte do pai" a comissão não podia chamar o suspeito para
recolher o seu depoimento e remeteu o caso "com caráter urgentíssimo"
para o Ministério Público no sentido de haver uma rápida intervenção,
explicou Fátima Duarte.
Uma fonte da Divisão de Sintra da PSP
confirmou à Lusa que foi apresentada em novembro uma queixa pela vítima
no espaço Júlia, para apoio às vítimas de violência doméstica, em
Lisboa, contra o companheiro por violência doméstica.
Segundo a
fonte, a vítima, que residia na altura na zona de Rio de Mouro, concelho
de Sintra, também terá apontado suspeitas de abusos sexuais sobre as
crianças.
Posteriormente, a mulher foi viver com os pais na zona
da Amadora, tendo as investigações prosseguido no âmbito do Ministério
Público e da Polícia Judiciária, adiantou a mesma fonte.
De acordo
com a fonte da PSP, a mulher apresentava um quadro acentuado "de
depressão" alegadamente provocado pela situação familiar.
Fátima
Duarte explicou que, sempre que há uma suspeita de abuso sexual, o
Ministério Público e a Polícia Judiciária devem começar a investigar de
imediato a situação e agirem o mais rapidamente possível, ressalvando
que não sabe o seguimento dado ao caso.
Uma fonte da Polícia
Judiciária (PJ) esclareceu que a queixa apresentada em novembro se
referia a uma alegada violência doméstica e abuso sexual sobre a filha
mais velha, de quatro anos.
A mesma fonte da PJ avançou que o processo seguiu para o MP que o remeteu novamente para investigação policial.
Entretanto, o processo terá sido solicitado novamente pelo Ministério Público, desconhecendo-se a sua tramitação.
Uma
criança de 19 meses morreu e outra de 4 anos está desaparecida depois
de terem, supostamente, caído ao rio Tejo na zona da praia de Caxias, em
Oeiras, segundo o comandante da Capitania do Porto de Lisboa, Malaquias
Domingues. As buscas para encontrar a criança de quatro anos foram
suspensas e serão retomadas às 7.30 horas desta quarta-feira.
Segundo
o comandante, uma testemunha ocular terá visto uma mulher a sair da
água, em estado de pânico e em avançado estado de hipotermia, a afirmar
que as suas duas filhas estavam dentro de água.
A mulher, de 37 anos, foi transferida para o Hospital Santa Maria.
As autoridades estão a investigar as circunstâncias em que ocorreu este caso.
* Uma tragédia amarga para pensar e doer, muito.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário