HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Passos:
PSD apoiará tudo o que
for importante para Portugal
Ex-primeiro-ministro diz que fará uma oposição "séria e responsável".
O presidente do PSD declarou esta quinta-feira que o seu partido avaliará em cada momento o que considera "mais importante para Portugal" e apoiará tudo o que considerar que se enquadra na sua "visão positiva da sociedade portuguesa".
Pedro Passos Coelho enunciou estes princípios que nortearão o PSD na oposição no encerramento do debate do Programa do XXI Governo Constitucional, na Assembleia da República, adiantando: "Contarão connosco para promover a responsabilização no sistema político e o aprofundamento da maturidade e da liberdade que deve assistir à sociedade civil e aos cidadãos".
Contudo, voltou a defender que, quando precisar dos votos do PSD, o PS deve aceitar novas eleições: "No dia em que o nosso apoio possa ser decisivo para alcançar algum resultado essencial que a maioria que suporta o Governo não for capaz de garantir, apenas esperamos que tenham a dignidade de disso retirarem a consequência natural e devolverem a palavra ao povo".
Oposição séria e responsável
Hoje, depois de acusar o secretário-geral do PS de ter formado um Governo "nas costas do povo" com o apoio de BE, PCP e PEV, Passos Coelho afirmou que exercerá "o papel de reserva e alternativa de Governo" e será uma "oposição determinada, séria e responsável".
No final do seu discurso, o ex-primeiro-ministro elencou "os princípios que nortearão, agora na oposição, como antes no Governo", o PSD. Passos Coelho disse que o PSD, "sendo uma oposição determinada, séria e responsável", estará "contra tudo o que represente um retrocesso ou um ataque ao país moderno, aberto, cosmopolita, competitivo, exigente, reformista e justo" que defende, mas "não deixando de apoiar tudo o que promova esta visão positiva da sociedade portuguesa". "Quando à atividade governativa, bem sei que não está na conta dos atuais governantes pedirem-nos apoio para suportar o Governo. Ainda bem, porque quem perdeu as eleições e recusou apoio a quem ganhou não tem autoridade política para destes reclamar apoio no futuro", prosseguiu. "Mas, insisto, nós avaliaremos sempre, em cada momento, o que considerarmos mais importante para Portugal, independentemente da vontade do Governo", acrescentou.
Novos sacrifícios
Passos deixou ainda vários alertas para o que considera serem possíveis consequências da governação do PS e disse esperar que não sejam necessários "novos sacrifícios". No encerramento do debate do Programa do XXI Governo Constitucional, na Assembleia da República, Passos Coelho recusou que a austeridade dos últimos quatro anos tenha tido "raiz ideológica" e defendeu que o anterior executivo PSD/CDS-PP teve "a coragem tão necessária como criticada para executar as políticas adequadas", permitindo que agora essas medidas possam "ser removidas progressivamente".
Contudo, apontou riscos à forma acordada pelo PS com BE, PCP e PEV para fazer essa remoção: "Só espero que o excesso de voluntarismo que parece querer acelerar o ritmo da remoção de tais medidas não venha a acarretar novos sacrifícios, forçados pela imprudência orçamental e pela vontade de criar uma impressão de bondade".
Em seguida, o ex-primeiro-ministro sustentou que tudo se encaminha para que o défice no final deste ano fique abaixo de 3%, e deixou uma advertência nesta matéria: "Espero agora, também, que a mesma vontade não venha a pôr em causa o esforço realizado pelos portugueses". Desemprego e Dívida são obstáculos
Mais à frente, Passos Coelho elencou o desemprego e a dívida como "grandes dificuldades" que Portugal ainda enfrenta, e deixou mais um aviso, desta vez sobre o acesso a financiamento. "Qualquer inversão de tendência neste domínio comporta riscos de stresse financeiro que, na ausência de políticas acomodatícias do Banco Central Europeu (BCE), podem dificultar o acesso a financiamento ou agravar o seu custo, com prejuízo para a economia", disse. Passos Coelho assinalou, depois, que o presidente do BCE, Mario Draghi, tem "referido insistentemente" que "sem reformas estruturais conduzidas pelos Estados-membros não há gestão da procura agregada que possa garantir o crescimento".
No final do seu discurso, o presidente do PSD abordou a questão das regras europeias, afirmando que "as ações valem mais do que muitas palavras". "Veremos que avaliação os nossos parceiros europeus e os nossos credores farão a seu tempo sobre a reversão de medidas de caráter estrutural, aliada a uma política orçamental aventureira e experimentalista", acrescentou.
Neste contexto, deixou um último alerta sobre uma eventual fuga de investimento: "Num país que não tem capital para crescer e que necessita de investimento direto externo, as medidas que se pré-anunciam com apoio socialista e comunista só podem afastar investidores e agentes económicos, penalizando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) potencial e dificultando a eficácia da política orçamental".
* Os votos que deram maioria parlamentar à esquerda foram no entender do sr. Passos Coelho postos nas urnas por aliens. Mas não os aliens que congeminam vigarices e que são bem próximos da PàF, Macedo, Figueiredo, Salgado, Duarte Lima, Dias Loureiro e muitos outros.
Que remédio tem o sr. Passos coelho senão aceitar os resultados das eleições, naquelas em que perdeu um milhão de votos.
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