01/12/2015

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HOJE NO

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Governo garante apoio a instituições que trabalham com doentes com VIH

O Governo garantiu hoje financiamento às instituições que trabalham com doentes com VIH e que corriam o risco de ficar sem apoio social a partir de Janeiro, disse à Lusa o presidente da associação Abraço.

Gonçalo Lobo explicou à Lusa, na altura, que oito instituições, com dez projectos, ficavam sem financiamento no final do ano, já que o programa de financiamento contemplava quatro anos que terminavam nessa altura. Seria necessário abrir novo concurso público, impraticável por não haver Orçamento do Estado.
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Hoje, após uma reunião com o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, o responsável da Abraço disse à Lusa que foi decidido fazer adendas ao actual contrato, até que seja aberto novo concurso para quatro anos.
“Pensa-se que o concurso possa ser aberto em Março ou Abril”, disse Gonçalo Lobo, satisfeito com a “resposta célere” e “sensibilidade para a questão” por parte do Governo.
“Sabíamos que tinha de ser uma resposta rápida” e, no futuro, "será contratualizado para respostas a longo prazo”, disse Gonçalo Lobo, lembrando que o ministro da Saúde já se tinha mostrado sensibilizado para a questão, assim como o director-geral da Saúde.
Segundo dados recolhidos pela Abraço, sete instituições que operam nas regiões de Lisboa, Porto, Amadora, Odivelas e Cascais – Abraço, Liga Portuguesa Contra a Sida (LPCS), Sol, Positivo, Ser+, AJPAS e Passo a Passo – prestam apoio social a 1.492 doentes com VIH Sida, entre os quais 14 crianças na associação Sol.
Sem financiamento em causa ficavam também uma centena de funcionários – 59 contratados e 41 em regime de prestação de serviços – a quem as associações não saberiam o que fazer.
Na dependência da LPCS estão 629 utentes que corriam o risco de ficar sem respostas sociais, problema extensível aos 165 utentes ajudados pela Abraço.

* Se não fosse o voluntarismo destas instituições no início da detecção, investigação e luta, muitas mais mortes teríamos em Portugal devido ao HIV.


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