01/12/2015

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HOJE NO

"DESTAK"

“Os Rostos do VIH hoje” 
na Assembleia da República

A assinalar o Dia Mundial de Luta contra a SIDA, foi hoje inaugurada, na Assembleia da República, a Exposição “Os Rostos do VIH hoje”, que ficará

Promovida pela APECS - Associação Portuguesa para o Estudo Clínico da SIDA, pelo Núcleo de Estudos do VIH da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e pelas Associações Abraço, AJPAS, Fundação Portuguesa “A Comunidade contra a SIDA”, Liga Portuguesa contra a SIDA, Associação Positivo e Ser+, a Exposição “Os Rostos do VIH hoje” mostra o percurso e evolução da infeção por VIH desde a sua descoberta até ao presente, em que se tornou uma doença crónica; aponta o impacto que teve nos comportamentos e na sociedade e o longo caminho de luta contra a discriminação e o estigma; viaja pelos extraordinários progressos no seu tratamento até aos nossos dias; e aponta alguns dos desafios para o futuro.

Viver com o VIH hoje

Para lá dos factos, números e percentagens – existem os rostos, as pessoas, as vidas. Os rostos verdadeiros e as emoções reais, que nos mostram, na primeira pessoa, como é viver com o VIH hoje. A segunda parte desta exposição – e onde o seu nome ganha substância – é inteiramente dedicada àqueles que vivem, hoje, com o VIH.
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Fotografados por Luiz Carvalho, quatro pessoas que vivem com o VIH levam-nos pelos trilhos das suas histórias e emoções mais pessoais, da sua realidade de viver com o VIH - a relação consigo próprios e com os outros. Os seus desafios e conquistas e, no final, a emoção que consubstancia a sua vida e a sua relação com esta condição. São estes os rostos do VIH hoje.

Ainda um problema de saúde pública

Esta exposição, na sua parte histórica e cronológica é, também, uma chamada de atenção para as novas realidades que se colocam aos doentes, profissionais de saúde e sociedade em geral, numa era em que a infeção por VIH se tornou uma doença crónica e controlada, mas continua a ser um problema de saúde pública. Pôr-lhe fim significa impedir a transmissão – através da amplificação do diagnóstico, da participação nos cuidados de saúde e tornando o tratamento universal.

Hoje, com a esperança média de vida de uma pessoa que vive com o VIH sob terapêutica antirretroviral a aproximar-se da estimada para a população em geral e considerando que, na Europa, 1 em cada três adultos que vive com o VIH tem pelo menos 50 anos, estamos perante novos desafios decorrentes do envelhecimento das populações afetadas.

“Os Rostos do VIH hoje” é tanto mais atual e relevante, quanto a realidade da infeção pelo VIH/SIDA em Portugal se encontra ainda aquém dos objectivos estabelecidos pela ONUSIDA - que definiu como meta global para 2020 conseguir que 90% das pessoas infetadas esteja diagnosticada, 90% dos doentes diagnosticados com infeção por VIH estejam em tratamento e 90% das pessoas em tratamento estejam controladas, com carga viral suprimida.

O caminho percorrido nos últimos 35 anos é a prova do muito que foi alcançado no combate à infeção pelo VIH/SIDA e na melhoria da saúde e longevidade das pessoas que vivem com VIH, mas mostra também que prosseguir este caminho implica a contínua mobilização da sociedade, como um todo, para eliminar as lacunas que ainda persistem na prevenção, no diagnóstico, no tratamento da infeção e no acompanhamento dos que vivem com o VIH.

* Uma luta com muitos anos!


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