05/12/2015

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Senso d'hoje
SÉRGIO GODINHO
MÚSICO E COMPOSITOR
SOBRE O DISCO COM
JORGE PALMA
É um projeto que tínhamos desde sempre. Temos uma admiração mútua musical. Somos amigos desde 1975 ou 76 e engrenámos logo. Tinha saído um disco dele chamado Até já. Quando ouvi, disse logo: "Eh pá, isto temos homem, aqui!" Bom músico, bom cantor, bom letrista. Sempre foram naturais as trocas entre nós. Ele convidou-me para cantar Na Terra dos Sonhos num disco já antigo, e eu convidei-o para espetáculos, e depois para O Irmão do Meio. Mas nunca tínhamos feito um projeto de fôlego. Decidimos ir para a frente, passámos a ver-nos muito mais do que antes.

Como reage o público ao vosso concerto? É muito amigável?
Muito. Sentem que é um universo a que também pertencem, ou a dois universos. Uns talvez mais próximos do Jorge, outros de mim, mas penso que toda a gente que gosta das minhas canções aprecia o trabalho do Jorge. E há os que são fãs incondicionais dos dois.

 O conceito - enfim, não inventámos nada - é estarmos ambos presentes em todas as canções e acontece várias vezes que um começa a canção do outro. Isso dá um kick de estranheza, porque é reconhecível mas está a ser cantado , não de uma maneira radicalmente diferente, mas por outra voz. Dá-me um grande prazer atacar o Dá-me Lume ou outras canções do outro universo. Afinal, sempre gostei de cantar canções dos outros, até fiz as Caríssimas Canções, tudo material de outros. Isso vem na sequência do livro Sérgio Godinho e as 40 Ilustrações.

* Excertos de entrevista que pode ler na íntegra na edição impressa ou no e-paper do "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"




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