05/12/2015

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HOJE NO


"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Só falta o sim de Vieira para vender
 o nome do estádio

SAD encarnada tem praticamente tudo acertado para uma parceria para patrocinar a Luz. Presidente do Benfica admite que acordo com a NOS vai beneficiar outros clubes

O Benfica prepara-se para anunciar, ainda antes do Natal, um acordo com uma empresa internacional para a venda do naming do estádio da Luz. O DN sabe que as negociações estão praticamente fechadas, faltando apenas o sim do presidente Luís Filipe Vieira para que o negócio seja fechado e concretizado.
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As negociações já decorrem há algum tempo e podem envolver valores a rondar os cinco milhões de euros por temporada. Esta foi, aliás, a verba que Domingos Soares Oliveira, administrador da SAD encarnada, apontou como referência numa entrevista em março à televisão do clube. "O naming do estádio será um valor significativo. No mínimo o valor do patrocínio das camisolas. Hoje [ainda antes do acordo com a Emirates] as camisolas ultrapassam os cinco milhões de euros anuais", disse o dirigente. Fonte conhecedora do processo admitiu que o contrato de naming será um vínculo de longa duração.
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Assim que o contrato for assinado, a mudança de nome do estádio poderá ser automática até porque não precisa da aprovação dos sócios em assembleia geral do clube, uma vez que o estádio é propriedade da SAD. Ainda assim, não é de excluir que Luís Filipe Vieira leve o assunto a uma reunião magna.
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Este é um tipo de negócio que em Portugal já foi concretizado pelo Sp. Braga, cujo contrato já terminou, e Académica, mas por valores muito inferiores. A nível internacional, o naming dos estádios é uma prática comum na Alemanha - só três dos 18 recintos do campeonato não estão associados a empresas. Na Premier League inglesa esta tendência é menor, existindo apenas seis clubes que exploram o nome dos estádios, uma vez que no caso do Arsenal e do Manchester City - Emirates e Ethiad, respetivamente - este negócio surge associado ao patrocínio das camisolas destes clubes.

Negócio com a China à vista
Este final de ano promete trazer ainda mais novidades na Luz. É que depois do contrato fechado com a NOS para a cedência dos direitos de transmissão televisiva por 400 milhões de euros por dez anos e do naming do estádio, deverá ainda ser assinada uma parceria com uma entidade chinesa.
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Ao que o DN apurou, este é outro processo em marcha e que sofreu um impulso significativo quando, há cerca de três semanas, o diretor do centro de estágio, Nuno Gomes, e o vice-presidente, Nuno Gaioso, estiveram na China para tratar de uma parceria para abertura de escolas de futebol no país. No entanto, o objetivo estaria também relacionado com outra parceria de negócio
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Nesta altura os encarnados têm já em funcionamento na China, em Hangzhou, uma escola de futebol, com 300 alunos, onde trabalham sete treinadores do clube. Seria ainda intenção dos encarnados abrir mais algumas unidades naquele país.

Vieira e o acordo com a NOS
Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, falou pela primeira vez do contrato com a NOS em entrevista ao Expresso. "Os donos da bola serão sempre os clubes, e nunca as operadoras", começou por dizer, abordando depois a questão de o acordo com a NOS, que vai garantir um encaixe financeiro de 400 milhões de euros nos próximos 10 anos, colocar um ponto final na centralização dos direitos televisivos, como era intenção da Liga: "Não foi só o Benfica que passou a encarar a centralização como um processo quase impossível [...] a própria Liga assumiu recentemente essa impossibilidade em documentos que foram partilhados com todos os clubes [...] e o presidente da Liga nunca assumiu qualquer compromisso sobre verbas mínimas para os clubes."
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Ainda em relação ao acordo com a NOS, Vieira entende que é positivo para todos: "É bom para o futebol português e para os restantes clubes porque estabelece um novo referencial de valores que será certamente interessante para todos."

* Como sportinguistas desejamos que o SLB perca as provas em que compete com o Sporting, em termos de negócio é desejável que os clubes portugueses sejam financeiramente sólidos. No que respeita ao conteúdo da notícia não apreciamos a venda do nome do estádio e negócios com a China traduzem-se em  lucros para a ditadura.

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