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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Da eletricidade às rendas:
o que vai aumentar em 2016
Luz, rendas e telecomunicações mais caras em janeiro, gás e leite mantêm-se para já
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Os portugueses podem contar, a partir de janeiro de 2016, com aumentos nos preços da eletricidade, rendas ou telecomunicações, enquanto os preços do gás e do leite deverão manter-se para já.
Os portugueses podem contar, a partir de janeiro de 2016, com aumentos nos preços da eletricidade, rendas ou telecomunicações, enquanto os preços do gás e do leite deverão manter-se para já.
Os preços do gás e
do leite deverão manter-se, uma vez que no primeiro caso a atualização
tarifária só acontece a 01 de julho para os consumidores que se mantêm
no mercado regulado e que no segundo caso a associação do setor diz que
até ao final do primeiro semestre o preço do leite não deverá sofrer
alterações "a não ser que haja situações anormais", como um clima
adverso ou subidas da matéria-prima.
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Já
o pão deverá sofrer apenas "pequenos ajustamentos" de 2% a 3% em 2016,
que terão pouco impacto no preço, ou seja, cerca de meio cêntimo por
carcaça, segundo a associação do setor.
Não
há ainda informação oficial sobre os preços dos transportes públicos e
das portagens para 2016, pelo que não é possível saber se haverá
aumentos.
Ao contrário dos anos
anteriores, Portugal vai entrar em 2016 ainda sem Orçamento do Estado
aprovado e, como tal, sem também serem conhecidos valores relativos à
inflação ou a impostos.
Eis alguns exemplos de produtos que vão aumentar em 2016:
+++ Eletricidade +++
As tarifas de eletricidade no mercado
regulado vão subir 2,5% para os consumidores domésticos a partir de 01
de janeiro, o que representa um aumento de 1,18 euros numa fatura média
mensal de 47,6 euros.
Já a tarifa
social para os consumidores considerados economicamente vulneráveis terá
um acréscimo de 0,9%, o que corresponde a um aumento de 19 cêntimos
numa fatura média mensal de eletricidade de 21,5 euros.
As
tarifas transitórias para os cerca de 1,9 milhões de consumidores que
ainda não migraram para o mercado liberalizado aplicam-se a partir de 01
de janeiro de 2016 e vigoram durante todo o ano.
+++ Gás +++
As tarifas transitórias do gás natural
ficam inalteradas a 01 de janeiro, uma vez que atualização tarifária no
gás natural só acontece a 01 de julho para os consumidores que se mantêm
no mercado regulado.
A 01 de julho de
2015, as tarifas de gás natural baixaram 3,5% para os clientes
domésticos e pequenos comércios (consumo anual inferior ou igual a
10.000 metros cúbicos), caíram 5% para os consumos acima de 10.000
metros cúbicos (pequena indústria) e para os consumidores de média
pressão (indústria) baixaram 2,9%. Já a tarifa social registou uma
descida de 7,3%.
+++ Leite +++
Até ao final do primeiro semestre de 2016,
o preço do leite não deverá sofrer alterações "a não ser que haja
situações anormais que afetem o setor", como um clima adverso ou subidas
da matéria-prima, disse o presidente da Associação Nacional dos
Industriais de Laticínios (ANIL), Paulo Costa Leite.
"Durante o primeiro semestre não haverá condições objetivas para mexer nos preços do leite", disse à Lusa.
Uma
opinião corroborada pelo presidente da Federação Nacional das
Cooperativas de Leite e Laticínios (FENALAC), Fernando Cardoso:
"Gostaríamos que houvesse alguma recuperação a nível de preços, mas como
a oferta de leite é superior à procura, vai ser difícil".
O
litro de leite meio gordo UHT, que representa mais de metade do leite
consumido em Portugal, custa cerca de 52 cêntimos, mas chega muitas
vezes aos consumidores mais barato, fruto das "promoções agressivas" da
grande distribuição que a ANIL contesta.
"Quem
manda nos preços não é a produção, nem a indústria, é a distribuição,
que joga com os preços e promoções de forma aleatória e confunde o
consumidor com preços que estão desajustados da realidade", critica o
responsável da ANIL, dizendo que os "valores não deveriam descer abaixo
de determinados patamares.
Apontou como
exemplo a vizinha Espanha, que paga um preço semelhante aos produtores,
mas vende o mesmo litro de leite a cerca de 60 cêntimos, com oscilações
menos drásticas do que em Portugal.
+++ Pão +++
O preço do pão deverá ter "pequenos
ajustamentos de 2% a 3% em 2016", o que significa cerca de meio cêntimo
por carcaça, disse à Lusa o presidente da Associação do Comércio e da
Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), José Francisco
Silva.
O preço da carcaça ronda atualmente os 12 a 16 cêntimos, pelo que comprar dez papo-secos pode vir a custar mais cinco cêntimos.
"O
pão é talvez, dentro do cabaz dos portugueses, o produto mais barato",
sublinhou o industrial, destacando que o preço deste alimento tem uma
carga social muito importante.
A
atualização vai ser necessária para fazer face à evolução dos custos da
energia e aos previsíveis aumentos do salário mínimo, justificou o
responsável da ACIP, frisando que é importante fixar este valor o mais
rapidamente possível.
O Governo propõe aumentar o salário mínimo para 530 euros já em janeiro de 2016.
+++ Telecomunicações +++
Os preços das telecomunicações da Meo e
Vodafone vão subir em média 2,5%, a partir de 01 e 13 de janeiro,
respetivamente, enquanto a NOS sobe os tarifários no primeiro dia de
2016, mas não revela o aumento médio.
Já
a Vodafone Portugal informa que a partir de 13 de janeiro, e conforme
tem acontecido em anos anteriores, "existirá uma atualização de preços,
que varia de acordo com o serviço em causa, mas que em média se situará
entre 2% e 3%".
A Vodafone Portugal
adianta ainda que "os clientes que tenham aderido aos serviços TV Net
Voz, no fixo, e RED no móvel, que ainda estejam no período de 24 meses
de preço garantido, não terão qualquer alteração nas suas mensalidades".
Já
a NOS, operadora que resultou da fusão entre a Optimus e a Zon,
escusou-se a avançar o aumento médio, mas adianta que "a partir de 01 de
janeiro de 2016", atualizará os seus preços de acordo com o divulgado
no 'site' nos.pt/tarifas2016".
A
operadora justifica que "o aumento dos preços varia com a tipologia do
serviço ou pacote subscrito, não havendo um valor de referência para
toda a base".
Todas as operadoras têm a informação disponível sobre a atualização dos tarifários nos seus 'sites'.
+++ Rendas +++
O valor das rendas deverá aumentar 0,16%
em 2016, depois de este ano ter ficado congelado, de acordo com os
números da inflação dos últimos 12 meses até agosto, divulgados pelo
Instituto Nacional de Estatística (INE).
De
acordo com os valores publicados pelo INE, nos últimos 12 meses até
agosto a variação do índice de preços excluindo a habitação foi de
0,16%, valor que serve de base ao coeficiente utilizado para a
atualização anual das rendas, ao abrigo do Novo Regime do Arrendamento
Urbano (NRAU), e que representa mais 16 cêntimos por cada 100 euros de
renda.
O aumento de 0,16% das rendas em
2016, aplicável tanto ao meio urbano como ao meio rural, segue-se ao
congelamento registado em 2015 na sequência de variação negativa do
índice de preços excluindo a habitação, e significa o retomar das
atualizações positivas das rendas, que registaram quatro anos de
aumentos consecutivos entre 2011 e 2014.
* A lista do nosso descontentamento.
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