HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Governo encontra ilegalidades nas
. subconcessões de transportes
As primeiras conclusões da análise técnica do Ministério do Ambiente
aos contratos de subconcessão das empresas de transporte público de
Lisboa e Porto apontam para sete pontos críticos, alguns considerados de
“legalidade duvidosa”, refere a edição de hoje do “Jornal de Negócios”.
Uma situação que poderá ser o argumento utilizado pelo Executivo para
anular os contratos aos privados.
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O documento aponta para o facto de não ser cumprido o regulamento
comunitário, transposto para o ordenamento jurídico nacional, que
estabelece as regras relativas ao serviço público de transporte
ferroviário de passageiros. Uma das regras sublinha que apenas pode ser
subconcessionado um terço dos serviços de uma rede de um operador
interno, para que haja uma protecção da concorrência. No entanto, o
anterior Governo concessionou 100% da actividade.
Além disso, o Executivo liderado por Passos Coelho aprovou um Plano
de Alterações Climáticas que obriga “à efectiva incorporação dos
critérios de desempenho ambiental no serviço público de passageiros”.
Neste caso os processos de subconcessão permitem que a renovação da
frota seja feita com veículos usados.
O documento refere que sempre que os municípios pretendessem
ajustamentos às necessidades teriam que negociar com os privados. O que
poderia vir a implicar custos a repercutir no tarifário devido ao
modelos de bilhética escolhido. No Porto, o processo assumiu a figura de
ajuste directo, decorrendo e um prazo de dez dias para a apresentação
de propostas, o que revela que não há garantias de salvaguarda do
interesse público.
O Ministério do Ambiente aponta ainda que a política energética
nacional é “desprezada” nos referidos processos, uma vez que os
concursos não tinham qualquer obrigação de renovação ou alargamento da
frota a gás natural.
Matos Fernandes, actual ministro do Ambiente, determinou à Carris,
STCP e Metro de Lisboa e Porto o envio da documentação relativa ao
procedimento de contratação, documentos com as instruções recebidas da
tutela face ao contrato de subconcessão e todo o procedimento do
concurso.
Na entrevista realizada ao ministro do Ambiente, João Pedro Matos
Fernandes garante que, com a reversão das subconcessões, está a ser
impedido que os investidores se coloquem numa situação de
desconformidade com a lei portuguesa e as regras da União Europeia.
“A preocupação do Governo é a garantia da legalidade e da salvaguarda
do interesse público, e com isso, está igualmente a proteger aqueles
que resolveram investir em Portugal, procurando que o façam num quadro
de legalidade”, conclui o ministro.
* O governo anterior era expert em falcatruas furtivas, umas grandes, outras maiores, poucas mais pequenas.
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