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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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AICA para a artista Ana Jotta
e o arquiteto José Neves
e o arquiteto José Neves
A artista Ana Jotta e o arquiteto José
Neves foram distinguidos por unanimidade com os Prémios Associação
Internacional de Críticos de Arte/Secretaria de Estado da
Cultura/Millennium BCP 2014 nas respetivas áreas, foi hoje anunciado.
De
acordo com a secção portuguesa da Associação Internacional de Críticos
de Arte (AICA), os galardoados com o prémio, no valor de dez mil euros
para cada modalidade, nas artes visuais e na arquitetura, foram
escolhidos numa reunião do júri, realizada a 22 de dezembro.
O
galardão - que resulta de uma parceria entre a AICA, a Secretaria de
Estado da Cultura e a Fundação Millennium bcp -- foi atribuído por um
júri presidido por Sérgio Fazenda Rodrigues e constituído por Bruno
Marchand, Catarina Rosendo, Luís Santiago Baptista e Susana Ventura.
ANA JOTA
Sobre
a atribuição do galardão na modalidade das artes visuais a Ana Jotta, o
júri indicou, em ata, a realização da exposição "A Conclusão da
Precedente", patente na Culturgest, de 15 de fevereiro a 11 de maio
deste ano.
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Destacou a capacidade que a
artista tem demonstrado, ao longo do seu percurso, "de assumir riscos e
de reinventar sucessivamente as coordenadas do seu trabalho, situação
comprovada de forma inequívoca nesta ocasião".
Ana Jotta
nasceu em 1946, em Lisboa, frequentou a Faculdade de Belas Artes, da
capital portuguesa, e a École de Arts Visuels et d'Architecture de
l'Abbeye de la Cambre, em Bruxelas.
Em
2005, foi alvo de uma exposição retrospetiva no Museu de Serralves
intitulada "Rua Ana Jotta: restrospetiva". Foi-lhe atribuído o Grande
Prémio EDP/Arte em 2013.
A sua obra está presente em várias coleções públicas e privadas de
entidades como Fundação EDP, Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste
Gulbenkian, Fundação Luso-Americana, Fundação de Serralves e Fundacion
ARCO (Espanha).
JOSÉ NEVES
Na ata da reunião, a opção da atribuição do prémio de arquitetura a José
Neves, pela obra realizada para a reabertura do Cinema Ideal, na Rua do
Loreto n.º 15, em Lisboa, foi justificada da seguinte forma: "(...) uma
obra subtil, que não se impõe, e, no entanto, traz consigo esse poder
de transformação (de revolução), que aos poucos tem de se fazer sentir
na cidade, no espaço público, como lugar de encontro de vida cultural e
social."
José Neves
tem desenvolvido uma atividade profissional "consistente e sóbria,
combinando a prática arquitetónica com uma reflexão sobre a cidade
contemporânea", sublinhou ainda o júri, apontando o Cinema Ideal como
obra "exemplar".
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Acrescenta que "a obra
do Cinema Ideal surge como charneira entre um problema premente, a
intervenção reabilitadora nos centros históricos, a definição e
viabilização da encomenda, a proposta de um cinema de bairro com
programação cuidada, uma determinada conceção disciplinar, assente na
contenção formal e na solidez construtiva, e os seus interesses
próprios, particularmente o cinema".
José
Neves nasceu em Lisboa, em 1963, é licenciado em Arquitetura pela
Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa, e trabalhou
em vários ateliês de arquitetos, como Bárbara Miguel e Vítor Figueiredo,
abrindo ateliê próprio em 1991.
Trabalha desde 1988 como assistente e professor convidado em várias
escolas de Arquitetura, como a Faculdade de Arquitetura da Universidade
de Lisboa, a Universidade Autónoma, a Universidade Lusíada, e é
atualmente professor convidado do Departamento de Arquitetura e
Urbanismo do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresas.
O seu trabalho tem sido distinguido com
vários prémios, entre os quais se contam a Menção Honrosa do Prémio
Vasco Vilalva 2015, da Fundação Calouste Gulbenkian, também pelo Cinema
Ideal, o Prémio Secil de Arquitetura 2012, o Prémio Valmor 2011, em
ex-aequo, e o 1.º Prémio de Arquitetura da Câmara Municipal de Torres
Vedras 1996-2001.
O prémio será entregue aos agraciados em cerimónia a realizar em data a anunciar pela AICA.
* Dá-nos muito gozo editar notícias sobre a inteligência portuguesa, um orgulho.
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