HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Aumenta número de visitantes
ao interior de vulcões nos Açores
O número de pessoas que percorrem as cavidades vulcânicas com
visitação regular do arquipélago dos Açores está a aumentar, registando
este ano quase 70 mil pessoas, mais 13% do que em 2014, segundo dados
hoje disponibilizados à agência Lusa.
De acordo com informação da Direção Regional do Ambiente, as
cinco cavidades vulcânicas da região com visitação regular – Algar do
Carvão e Gruta do Natal (ilha Terceira), Gruta do Carvão (São Miguel),
Gruta das Torres (Pico) e Furna do Enxofre (Graciosa) – receberam este
ano, até 30 de novembro, 69.852 visitantes.
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Ao longo de 2014, os mesmos espaços foram visitados por 61.332 pessoas.
“[É] uma aposta manifestamente ganha pelo incremento e pelo
crescimento constante e sustentado da procura destes espaços”, disse o
diretor regional do Ambiente, Hernâni Jorge.
Para o responsável, o aumento de visitantes deve-se ao interesse no
“conhecimento do património geológico e da geodiversidade que estes
espaços podem evidenciar”, ao “desafio de descer e de entrar no vulcão” e
ao “valor extremamente riquíssimo do património natural, designadamente
geológico e também biológico que existe nesses espaços”.
O Algar do Carvão, na Terceira, é, segundo a página na Internet da
associação Os Montanheiros, “uma notável chaminé vulcânica”, com uma
cratera de 15 por 20 metros que “termina 90 metros abaixo numa lagoa de
águas límpidas”.
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Ainda na ilha Terceira, a Gruta do Natal é um tubo de lava com 697 metros de comprimento.
Já em São Miguel, em Ponta Delgada, está a Gruta do Carvão, o maior
túnel lávico da ilha, “considerada uma das joias da vulcanoespeleologia
dos Açores” que tem uma extensão total de 2.000 metros de comprimento,
mas apenas 200 visitáveis.
A Gruta das Torres, no Pico, é o maior túnel lávico conhecido em
Portugal, enquanto a Furna do Enxofre, na Graciosa, com um comprimento
de 194 metros e cerca de 50 metros de altura de teto em forma de abóbada
na parte central, começou a ser explorada no século XIX por vários
investigadores, entre os quais o príncipe Alberto I do Mónaco e os
naturalistas Ferdinand André Fouqué e Georg Hartung.
À Lusa, o diretor regional do Ambiente adiantou que a experiência do
Algar do Carvão “remonta há 50 anos, através de uma iniciativa da
associação local Os Montanheiros”, mas “infelizmente só foi replicada e
generalizada não só às cavidades vulcânicas, como também a outros
espaços naturais na última década, com a criação de centros
interpretativos ou centros de visitação”.
Hernâni Jorge esclareceu, relativamente às duas grutas e centros de
interpretação associados geridos pela região diretamente - a Furna do
Enxofre e a Gruta das Torres -, que 90% das visitas são turistas e,
neste caso, “os nacionais estão em primeiro lugar”.
Depois, surgem “os alemães e os turistas do norte da Europa, sendo
que nos últimos anos os espanhóis e italianos começam a ganhar um espaço
interessante”, acrescentou.
* Conhecemos o "ALGAR DO CARVÃO" e a "GRUTA DO NATAL" duas visitas inesquecíveis.
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