17/12/2015

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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Aumenta número de visitantes 
ao interior de vulcões nos Açores

O número de pessoas que percorrem as cavidades vulcânicas com visitação regular do arquipélago dos Açores está a aumentar, registando este ano quase 70 mil pessoas, mais 13% do que em 2014, segundo dados hoje disponibilizados à agência Lusa.
 
De acordo com informação da Direção Regional do Ambiente, as cinco cavidades vulcânicas da região com visitação regular – Algar do Carvão e Gruta do Natal (ilha Terceira), Gruta do Carvão (São Miguel), Gruta das Torres (Pico) e Furna do Enxofre (Graciosa) – receberam este ano, até 30 de novembro, 69.852 visitantes.
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Ao longo de 2014, os mesmos espaços foram visitados por 61.332 pessoas.
“[É] uma aposta manifestamente ganha pelo incremento e pelo crescimento constante e sustentado da procura destes espaços”, disse o diretor regional do Ambiente, Hernâni Jorge.

Para o responsável, o aumento de visitantes deve-se ao interesse no “conhecimento do património geológico e da geodiversidade que estes espaços podem evidenciar”, ao “desafio de descer e de entrar no vulcão” e ao “valor extremamente riquíssimo do património natural, designadamente geológico e também biológico que existe nesses espaços”.

O Algar do Carvão, na Terceira, é, segundo a página na Internet da associação Os Montanheiros, “uma notável chaminé vulcânica”, com uma cratera de 15 por 20 metros que “termina 90 metros abaixo numa lagoa de águas límpidas”.
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Ainda na ilha Terceira, a Gruta do Natal é um tubo de lava com 697 metros de comprimento.
Já em São Miguel, em Ponta Delgada, está a Gruta do Carvão, o maior túnel lávico da ilha, “considerada uma das joias da vulcanoespeleologia dos Açores” que tem uma extensão total de 2.000 metros de comprimento, mas apenas 200 visitáveis.

A Gruta das Torres, no Pico, é o maior túnel lávico conhecido em Portugal, enquanto a Furna do Enxofre, na Graciosa, com um comprimento de 194 metros e cerca de 50 metros de altura de teto em forma de abóbada na parte central, começou a ser explorada no século XIX por vários investigadores, entre os quais o príncipe Alberto I do Mónaco e os naturalistas Ferdinand André Fouqué e Georg Hartung.

À Lusa, o diretor regional do Ambiente adiantou que a experiência do Algar do Carvão “remonta há 50 anos, através de uma iniciativa da associação local Os Montanheiros”, mas “infelizmente só foi replicada e generalizada não só às cavidades vulcânicas, como também a outros espaços naturais na última década, com a criação de centros interpretativos ou centros de visitação”.

Hernâni Jorge esclareceu, relativamente às duas grutas e centros de interpretação associados geridos pela região diretamente - a Furna do Enxofre e a Gruta das Torres -, que 90% das visitas são turistas e, neste caso, “os nacionais estão em primeiro lugar”.

Depois, surgem “os alemães e os turistas do norte da Europa, sendo que nos últimos anos os espanhóis e italianos começam a ganhar um espaço interessante”, acrescentou.

* Conhecemos o "ALGAR DO CARVÃO" e  a "GRUTA DO NATAL" duas visitas inesquecíveis.

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