HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
PS exclui moção sem acordo
Discussão do programa de Governo começa na segunda-feira.
O líder parlamentar do PS frisou esta terça-feira que um acordo com PCP e Bloco de Esquerda tem de ficar "aclarado" até à discussão do programa de Governo PSD/CDS-PP e só com alternativa consolidada votará ou apresentará moção de rejeição. Carlos César falava aos jornalistas no final de uma reunião com o ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Costa Neves, na Assembleia da República, ocasião em que optou por usar uma linguagem "prudente e responsável" sobre uma eventual conclusão de um acordo de Governo entre o PS, o Bloco de Esquerda e o PCP.
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O presidente do Grupo Parlamentar socialista deixou a seguinte mensagem: "Enquanto não existir um acordo firmado com o PCP e Bloco de Esquerda, não vale a pena valorar o estado das negociações como estando a 90 ou a 40 por cento". "Quando houver esse acordo, ele deverá ser comunicado e é importante que esse acordo seja aclarado, evidentemente, antes da discussão do programa do Governo [que se inicia na segunda-feira], porque é esse o compromisso do PS. Nós só nos constituiremos como uma força política que contribui para o derrube do Governo PSD/CDS se formos simultaneamente portadores de uma alternativa responsável, estável, com sentido duradouro e que proporcione aos portugueses um sentimento de tranquilidade e de confiança", afirmou.
O presidente do Grupo Parlamentar insistiu neste ponto: "Não votaremos nem apresentaremos nenhuma moção de rejeição se não tivermos em simultâneo a garantia que temos uma alternativa acordada e consolidada com os restantes partidos políticos". Acordo com a coligação ou com a esquerda
O presidente do PS afirmou ainda que não acredita que um socialista prefira um Governo PSD/CDS-PP com o apoio do partido a um Governo socialista com o apoio do PCP e do Bloco de Esquerda. "Como socialista digo apenas: Não acredito que um socialista prefira um Governo de direita com o apoio do PS a um Governo do PS com o apoio da esquerda", declarou o ex-presidente do Governo Regional dos Açores entre 1996 e 2012.
* Os eleitores do centro esquerda têm direito a sentir que há uma opção clara de acordo entre os três partidos, sem ele não vala a pena inviabilizar governo. PCP e BE serão responsabilizados pela inviabilização do acordo, as nossas obrigações com o exterior têm de início ser respeitadas e depois renegociadas.
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