HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Anastasia Lin
tem condenado publicamente
"a repressão e censura" do país
A
Miss Canadá foi impedida de viajar para a cidade chinesa onde vai ser
organizado o concurso Miss Mundo 2015. Anastasia Lin, a candidata que
vai representar o Canadá, tentou viajar de Hong Kong para Sanya mas foi
parada no aeroporto.
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"O meu impedimento
foi uma pena mas não totalmente inesperado", afirmou Anastasia à
Reuters enquanto ainda estava no aeroporto. "O governo chinês tirou-me
da competição por motivos políticos".
Lin,
de 25 anos, foi eleita Miss Canadá em maio, segundo a Reuters. Nascida
na China, Anastasia mudou-se para o Canadá quando tinha 13 anos. Nos
últimos anos assumiu várias posições críticas do regime chinês: condenou
publicamente "a repressão e censura" do país e assumiu-se como
praticante do Falun Gong, um movimento espiritual e religioso fortemente
condenado na China.
Anastasia Lin
testemunhou no congresso dos Estados Unidos da América sobre a
perseguição religiosa na China em julho. No congresso, segundo a
Reuters, Lin disse que falaria "em nome dos que são espancados,
queimados e eletrocutados devidos às suas crenças".
A
jovem deveria participar no concurso Miss Mundo 2015, mas não recebeu
nenhum convite da organização e por isso não pôde pedir o visto para a
China. Quando tentou viajar para Sanya, cidade para onde os canadianos
podem viajar sem visto e onde se vai realizar o concurso, foi impedida
de embarcar no Aeroporto Internacional de Hong Kong, onde fazia escala.
A
embaixada chinesa em Otava, no Canadá, declarou que Anastasia Lin não
era bem-vinda na China e que o país "não admitia a entrada a nenhuma
persona non grata".
"Eles estão a
tentar castigar-me pelas minhas crenças e impedir-me de falar sobre os
direitos humanos", disse Lin, ainda no aeroporto de Hong Kong.
A
organização do concurso declarou à Reuters que não sabia como a Miss
Canadá não tinha obtido um visto, mas que provavelmente ela seria
chamada para o Miss Mundo 2016, o concurso do próximo ano.
* A hipocrisia chinesa democrática é conhecida, agora o desconhecimento da situação pela organização do concurso é surreal, o dinheiro, yuans, manda muito.
Anastasia Lin é corajosa.
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