ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
"VISÃO"
Educação:
o que nós andámos para aqui chegar
Inauguramos uma rubrica, em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos, em que todas as semanas um tema de interesse nacional é esmiuçado ao detalhe. A educação é o primeiro tema
Conheça os principais números e factos sobre a educação em Portugal, numa parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos.
1. Entre 1991 e 2011 a escolaridade média dos portugueses aumentou 2,8 anos, passando de 4,6 anos para 7,4 anos.
2.
Em 2013, a taxa real de escolarização, ou seja, a percentagem de alunos
matriculados em idade normal de frequência desse ciclo, face à
população dos mesmos níveis etários era de 100% no 1.º Ciclo do Ensino
Básico, 91,9% no 2.º ciclo, 87,5% no 3.º Ciclo. No pré-escolar a taxa
era de 88,5% e no Ensino Secundário de 73,6%.
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3. Em 1970, 1 em cada 4 portugueses com dez ou mais anos de idade não
sabia ler nem escrever. No último censo de 2011, apenas 5,2% dos
portugueses, ou seja, 1 em cada 20 era analfabeto, sendo estes na sua
grande maioria idosos.
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4.
Portugal tem uma das taxas mais baixas de conclusão do ensino
secundário (de 12 anos) entre os países da OCDE: 43% da população
portuguesa, dos 25 aos 64 anos de idade tinha concluído o ensino
secundário, o dobro do que se verificava há 20 anos mas, apesar deste
crescimento, continuamos na cauda da Europa: longe dos 87% da Alemanha e
abaixo dos 57% da Espanha.
5. Apesar do considerável decréscimo
da taxa de abandono precoce, ou seja, da percentagem de pessoas entre os
18 e os 24 anos que deixou de estudar sem ter completado o secundário –
de 50% em 1992 para 17,4% em 2014, Portugal mantém-se ainda no topo da
tabela.
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6. Portugal é dos países com taxas de retenção mais elevadas: apesar
de ter havido uma tendência para uma redução gradual das retenções, nos
últimos anos a taxa de retenção voltou a subir.
7. A retenção
precoce dos alunos parece ter fortes efeitos negativos: os alunos que
chumbam muito cedo no seu percurso escolar não parecem melhorar a sua
aprendizagem, notando-se antes perda no grau de aprendizagem efectuada
ao longo do ano pelos alunos que tinham ficado retidos logo no 2º ano de
escolaridade.
8. A divulgação dos rankings das escolas, feito em
Portugal desde 2001, teve um forte impacto nas escolas, sendo que
escolas públicas e privadas reagiram de forma diferente. Em média, as
escolas privadas obtêm classificações melhores do que as escolas
públicas e o fosso entre os dois grupos aumentou consistentemente desde
que se iniciou a publicação sistemática dos rankings.
9.
Mesmo após se considerarem as diferenças entre os alunos que frequentam
o ensino público em todo o país, continuam a verificar-se grandes
disparidades regionais nos conhecimentos adquiridos nas escolas
públicas. Se esta disparidade não reside nos diferentes
antecedentes dos alunos, isso implica que as diferenças observadas são
explicadas por outros factores relacionados com as escolas e com os
docentes.
10. Grande parte dos professores portugueses irá
reformar-se nos próximos 15 anos, o que criará um défice considerável em
várias áreas. Este período de transição constitui, no entanto, uma
oportunidade sem precedentes para elevar o seu estatuto profissional.
11.
Ao contrário da maioria dos países da União Europeia, Portugal não
possui ainda uma base sólida de dados sobre o desempenho dos alunos,
professores e escolas que forneça um apoio adequado à tomada de decisões
políticas e à criação de um programa inteligente de acompanhamento. Os
mais recentes desenvolvimentos no tratamento de dados são úteis, mas
insuficientes.
* ELUCIDATIVO ESTE TRABALHO.
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