HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
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Sector leiteiro temporariamente
isento de Segurança Social
O Governo aprovou um plano de ação para apoio ao setor leiteiro que
inclui a isenção contributiva para a Segurança Social, durante três
meses, a criação de uma linha de crédito, o incentivo às exportações e
ao consumo.
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O plano foi hoje aprovado em Conselho de Ministros e detalhado pela
ministra da Agricultura, Assunção Cristas, num momento em que o setor
leiteiro atravessa uma crise, tanto em Portugal como na Europa, devido
ao fim das quotas leiteiras e ao embargo russo aos produtos alimentares
da União Europeia.
Um dos quatro eixos do plano é uma "medida excecional e temporária de
isenção contributiva para a Segurança Social, por um período de três
meses".
A ministra afirmou que "a medida está pensada para ser reavaliada ao
fim desse período [de três meses]" e tem "um custo estimado de 1,9
milhões de euros" e admitiu que a mesma poderá ser eventualmente
prolongada se houver necessidade.
Outra vertente do plano é a criação de uma linha de crédito especial
no valor de 50 milhões de euros para apoio à tesouraria das empresas ou
ao investimento, ou seja, "para ajudar o setor que tem dívida" e que,
desta forma, poderá torná-la mais barata.
Assunção Cristas anunciou ainda a antecipação para outubro de 2015
dos pagamentos ao setor do leite, "na percentagem máxima autorizada pela
Comissão Europeia".
O plano visa ainda estimular o consumo interno e incentivar as
exportações, destacando aqui Assunção Cristas que "vale a pena trabalhar
ainda mais intensamente para agarrar mercados terceiros" e recordou
ainda a visita a Portugal que o maior comprador chinês do setor
agroalimentar realizou na semana passada.
"Esperamos que daí possam sair negócios. É preciso definir uma ação
ainda mais intensa ao estrangeiro e trabalhar com o setor para
identificar que outros mercados externos à união Europeia podemos
trabalhar", disse.
Sobre a decisão da Comissão Europeia desta semana de criação de um
pacote de ajuda no valor de 500 milhões de euros para apoiar os
produtores agrícolas europeus, Cristas disse que se trata de "um início
de plano de ação que precisa de ser detalhado" e que ainda não está
definido quanto caberá a cada país, lembrando que este pacote destina-se
"maioritariamente para o setor leiteiro, mas não só".
Questionada sobre se os Açores receberão uma maior fatia deste apoio,
já que a sua economia está muito dependente da produção de leite, sendo
responsável por uma percentagem elevada do leite nacional, a ministra
da agricultura reiterou não ter expectativa quanto ao valor concreto e
afirmou que os instrumentos da Política Agrícola Comum "diferenciam de
forma muito significativa a Região Autónoma dos Açores", afirmando que
existem 6.000 mil produtores em Portugal, metade nos Açores e metade no
continente.
* Isto não passa de uma manobra eleiçoeira que transforma os empresários leiteiros em "filhos da mãe" e os outros empresários em "filhos da outra".
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