19/07/2015

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ESTA SEMANA NO
"SOL"

Maria Luís gera resistência no Porto

Entre o final desta semana e o início da próxima, Passos Coelho vai telefonar aos líderes das distritais do PSD para falar sobre os nomes escolhidos para serem cabeças-de-lista nos vários distritos. Um dos telefonemas mais difíceis pode ser para o líder da distrital do Porto, Virgílio Macedo. Maria Luís Albuquerque tem sido falada como possível cabeça-de-lista para a Invicta, mas o seu nome é alvo de algumas resistências na cidade.
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No Porto, o nome de José Pedro Aguiar-Branco é claramente preferido ao da ministra das Finanças. O ministro da Defesa tem algumas vantagens do seu lado: é natural do Porto, encabeçou a lista do PSD no distrito em 2011 – com um excelente resultado de 39, 14% e 17 deputados eleitos – e não sofre dos níveis de contestação que a titular da pasta das Finanças pode vir a enfrentar numa campanha de rua.

O problema é que José Pedro Aguiar-Branco é um dos nomes mais prováveis para Braga, depois de Miguel Macedo se ter excluído das listas por ter sido constituído arguido no caso dos vistos gold. Em 2011, Macedo conseguiu 40,07% dos votos, num total de nove deputados eleitos para o PSD. Um número que eleva a fasquia e faz com que seja necessário encontrar para Braga um nome mobilizador.

Em 2011, Maria Luís Albuquerque liderou a lista por Setúbal e não se saiu mal: teve 25, 15% dos votos e elegeu cinco deputados, mais dois do que o PSD tinha conseguido em 2009. O distrito tradicionalmente comunista poderá, de resto, voltar a ser o destino de Maria Luís.

A dúvida estará em enviar para um terreno difícil a ministra das Finanças. Mas quem já esteve por lá em pré-campanha foi surpreendido por uma boa recepção. «Andámos a distribuir jornais numa iniciativa por todo o país e em Setúbal não correu nada mal. A recepção não foi a que tivemos em 2011, mas foi idêntica à de 2009, quando Sócrates conseguiu a maioria relativa», conta uma fonte do CDS.

Renovação profunda nos cabeças de lista
Certo é que, com os nomes para encabeçar as listas da coligação ainda fechados a sete chaves, Passos Coelho vai ter margem para «surpreender», nas palavras de um dirigente. Isto porque as circunstâncias apontam para uma grande renovação das figuras que vão liderar as listas. Ao todo poderão ser, pelo menos, 12 distritos com novos rostos.

Passos Coelho deverá encabeçar a lista em Lisboa, pelo que Vila Real fica em aberto, Miguel Relvas já não liderará a lista em Santarém, Miguel Macedo não será o cabeça-de-lista em Braga e Carlos Moedas também já não poderá dar a cara por Beja. Outros casos que sucederam em 2011 e não se repetirão agora são os de Mendes Bota, em Faro, e de Francisco José Viegas, em Bragança.

Por outro lado Couto dos Santos (concorreu por Aveiro), Manuel Canavarro (em Coimbra), Pedro Lynce (em Évora) e Manuel Meirinho (na Guarda) terão já feito saber que não tencionam recandidatar-se. Já nas regiões autónomas haverá total renovação com Mota Amaral (Açores) e Alberto João Jardim (Madeira) fora de cena.

* Pulhitiquices.

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