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Maria Luís gera resistência no Porto
Entre o final desta semana e o início da próxima, Passos Coelho vai
telefonar aos líderes das distritais do PSD para falar sobre os nomes
escolhidos para serem cabeças-de-lista nos vários distritos. Um dos
telefonemas mais difíceis pode ser para o líder da distrital do Porto,
Virgílio Macedo. Maria Luís Albuquerque tem sido falada como possível
cabeça-de-lista para a Invicta, mas o seu nome é alvo de algumas
resistências na cidade.
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No Porto, o nome de José Pedro
Aguiar-Branco é claramente preferido ao da ministra das Finanças. O
ministro da Defesa tem algumas vantagens do seu lado: é natural do
Porto, encabeçou a lista do PSD no distrito em 2011 – com um excelente
resultado de 39, 14% e 17 deputados eleitos – e não sofre dos níveis de
contestação que a titular da pasta das Finanças pode vir a enfrentar
numa campanha de rua.
O problema é que José Pedro Aguiar-Branco é um dos nomes mais
prováveis para Braga, depois de Miguel Macedo se ter excluído das listas
por ter sido constituído arguido no caso dos vistos gold. Em 2011,
Macedo conseguiu 40,07% dos votos, num total de nove deputados eleitos
para o PSD. Um número que eleva a fasquia e faz com que seja necessário
encontrar para Braga um nome mobilizador.
Em 2011, Maria Luís Albuquerque liderou a lista por Setúbal e não se
saiu mal: teve 25, 15% dos votos e elegeu cinco deputados, mais dois do
que o PSD tinha conseguido em 2009. O distrito tradicionalmente
comunista poderá, de resto, voltar a ser o destino de Maria Luís.
A dúvida estará em enviar para um terreno difícil a ministra das
Finanças. Mas quem já esteve por lá em pré-campanha foi surpreendido por
uma boa recepção. «Andámos a distribuir jornais numa iniciativa por
todo o país e em Setúbal não correu nada mal. A recepção não foi a que
tivemos em 2011, mas foi idêntica à de 2009, quando Sócrates conseguiu a
maioria relativa», conta uma fonte do CDS.
Renovação profunda nos cabeças de lista
Certo é que, com os nomes para encabeçar as listas da coligação ainda
fechados a sete chaves, Passos Coelho vai ter margem para
«surpreender», nas palavras de um dirigente. Isto porque as
circunstâncias apontam para uma grande renovação das figuras que vão
liderar as listas. Ao todo poderão ser, pelo menos, 12 distritos com
novos rostos.
Passos Coelho deverá encabeçar a lista em Lisboa, pelo que Vila Real
fica em aberto, Miguel Relvas já não liderará a lista em Santarém,
Miguel Macedo não será o cabeça-de-lista em Braga e Carlos Moedas também
já não poderá dar a cara por Beja. Outros casos que sucederam em 2011 e
não se repetirão agora são os de Mendes Bota, em Faro, e de Francisco
José Viegas, em Bragança.
Por outro lado Couto dos Santos (concorreu por Aveiro), Manuel
Canavarro (em Coimbra), Pedro Lynce (em Évora) e Manuel Meirinho (na
Guarda) terão já feito saber que não tencionam recandidatar-se. Já nas
regiões autónomas haverá total renovação com Mota Amaral (Açores) e
Alberto João Jardim (Madeira) fora de cena.
* Pulhitiquices.
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