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"OBSERVADOR"
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“Há ainda muitos inéditos de Amália
por revelar”, garante investigador
O investigador Frederico Santiago disse à agência Lusa que será editada em setembro em CD a festa de homenagem ao fadista Filipe Pinto, na qual a intérprete participou.
O investigador Frederico Santiago disse à agência Lusa que “há
ainda muitos inéditos” de Amália Rodrigues, e revelou que, em setembro,
será editada em CD a festa de homenagem ao fadista Filipe Pinto, na qual
a intérprete participou.
ALDINA DUARTE
FADO MEIA NOITE
“Há ainda muitas coisas inéditas de
Amália, que nunca se editou mesmo, e conto, até 2020, quando ela
completaria 100 anos, que grande parte da obra de Amália Rodrigues deva
já estar sistematizada”, disse Frederico Santiago, responsável pela
edição do cinquentenário do álbum “Fado português”, que é publicada na
próxima sexta-feira.
A edição, em duplo CD, sistematiza todas as sessões de gravação
da fadista naquele período temporal, incluindo várias gravações
inéditas, nomeadamente de ensaios, e uma versão nunca antes editada do
“Fado português”, gravada em 1967.
O investigador salientou,
referindo-se aos ensaios agora revelados, que “nestas sessões vê-se
Amália a trabalhar, temos Alain [Oulman] ao piano, e os guitarristas, é
um documento inédito”.
Nestas gravações, Amália é acompanhada
entre outros, pelos músicos Raul Nery, Domingos Camarinha e José Fontes
Rocha (guitarra portuguesa), Martinho d’Assunção, Júlio Gomes e Castro
Mota (viola), Joel Pina (viola baixo), e ainda por uma orquestra
dirigida por Jorge Costa Pinto.
Esta edição em CD foi ‘remasterizada’ por Nelson Carvalho, a partir da gravação original, por Hugo Ribeiro, em mono.
Quanto
ao CD, que é editado, pela primeira vez, em setembro, regista a festa
de homenagem ao apresentador de fados e fadista Filipe Pinto
(1905-1968), autor do “Fado meia-noite”, realizada no Teatro Tivoli, em
Lisboa, em 1962.
“Amália encerrou a festa de homenagem, que contou
com a participação, entre outros, de Alfredo Marceneiro, Lucília do
Carmo e Fernando Farinha”, adiantou à Lusa Frederico Santiago.
Filipe Pinto apresentou várias vezes a fadista, nomeadamente no Café Luso, em Lisboa, e frequentava a sua casa.
Frederico
Santiago enfatizou que “Amália, de facto, tal como ela dizia, nasceu
para cantar o fado”, mas “procurava sempre mais e nunca se dava por
satisfeita, pois tinha um elevado grau de exigência de si própria”.
“Ela, só por intuição, faria uma obra-prima, mas não se contentava com o muito bom, queria mesmo o excecional”, declarou.
* Amália era em si mesma uma obra prima.
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