555.
Senso d'hoje
MARIANA
VIEIRA DA SILVA
MEMBRO DA COMISSÃO
POLÍTICA NACIONAL DO PS
SOBRE A SITUAÇÃO DO PAÍS
POLÍTICA NACIONAL DO PS
SOBRE A SITUAÇÃO DO PAÍS
CONTESTAÇÃO DE RUA
O factor medo condicionou muito a reacção das pessoas. Quando se
conseguiram organizar em torno de um sentimento de injustiça muito
particular, como a baixa da TSU para os empregadores e aumento para os
trabalhadores, esse ímpeto de ir para a rua existiu. Mas nos últimos
anos, as preocupações laborais das classes profissionais não estiveram
em cima da mesa e são essas que agitam os movimentos sindicais. Quando
se tem medo de perder o emprego e de ir para a mobilidade, ir para a rua
não é a reacção mais imediata. Quando se luta por uma determinada
progressão na carreira, um determinado modelo de avaliação, é mais fácil
mobilizar uma classe profissional como um todo.
SEGURANÇA SOCIAL
Se há coisa que nos últimos anos afectou a sustentabilidade da Segurança
Social e de todos os nossos sistemas sociais – e até das finanças
públicas – foi a redução das contribuições por as pessoas não terem
emprego e o dinheiro que foi gasto em subsídios de desemprego.
A maioria tem pedido um consenso quando todas as decisões que tomou
foram vistas como contraditórias com a Constituição. O consenso não se
pede, constrói-se. Ao longo dos últimos anos, a direita só propôs o
plafonamento e os cortes de pensões. Não me revejo sequer na ideia de
que a direita quer um consenso nesta área.
* Excertos de concisa entrevista ao "i".
** É nossa intenção, quando editamos pequenos excertos de entrevistas, suscitar a
curiosidade de quem os leu de modo a procurar o site do orgão de
comunicação social, onde poderá ler ou ver a entrevista por inteiro.
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