HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
"DINHEIRO VIVO"
Exportações sobem quase 10%,
mas importações disparam 16%
As exportações portuguesas de bens subiram quase 10% em abril
(9,7%) face a igual mês do ano passado. O pior é que as importações
dispararam no mesmo período 16%, o maior aumento dos últimos cinco anos.
O
resultado foi um agravamento do défice comercial em mais de mil milhões
de euros no espaço de apenas um mês, ao passar de 1993 milhões de euros
em março para 2997 milhões no mês seguinte, no total de bens e
serviços.
.
O EXPERT |
A boa notícia é que o aumento das importações não ficou a
dever-se exclusivamente ao consumo, tendo pesado também a recuperação
do investimento, a avaliar pelo tipo de bens comprados ao exterior. Isso
mesmo fez notar o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, que deu o
exemplo das importações de maquinaria "essenciais para o investimento".
O
Instituto Nacional de Estatística (INE), que divulgou esta terça-feira
os números do comércio internacional, chama também a atenção para o
facto das importações em abril compararem com um mês atípico no ano
passado, no que se refere aos combustíveis minerais no mercado
extracomunitário, já que em abril de 2014 as compras ao exterior desse
grupo de produtos - sobretudo óleos brutos de petróleo ou de minerais
betuminosos e gás natural liquefeito - registaram o valor mais baixo do
ano, quando se verificou a paragem geral programada para manutenção da
refinaria de Sines.
No acumulado dos primeiros quatro meses do
ano, o aumento homólogo das exportações foi de 5,25%, para 16 413
milhões de euros, mais 818 milhões do que em igual período de 2014,
enquanto as importações cresceram 2,79%, para 19 389 milhões, mais 527
milhões. Daí resultou um défice comercial de 2964 milhões de euros no
quadrimestre, que compara com 3270 milhões um ano antes. Ou seja, menos
306 milhões de euros, o que significa uma melhoria de 9,3% para o
equilíbrio da balança comercial.
Paulo Portas considera os números
de abril "francamente bons"e perspetiva um bom ano para as exportações.
"Teremos meses melhores, meses piores, mas a tendência de crescimento
das exportações portuguesas é muito forte em 2015".
Para o
vice-primeiro-ministro, o crescimento "cá dentro", com investimentos, e
"para fora", com as exportações, permite "proteger a retaguarda e criar
emprego".
Também o presidente da Agência para o Investimento e
Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho, acentua que "o
caminho que os empresários portugueses estão a fazer só pode ser um
caminho de não retorno" e que " a cultura económica das exportações veio
definitivamente para ficar".
A AICEP aponta para um ano de 2015
melhor do que o anterior no que se refere às exportações, quer na
componente de bens, quer na sua globalidade que inclui os serviços, com
destaque para o turismo.
Em relação a março, porém, o
comportamento das exportações não foi dos melhores, resultando numa
queda de 2,9%, depois do crescimento de 10,6% naquele mês. Em
contrapartida as importações caíram 0,2% em abril face ao mês anterior,
embora as compras fora da UE tenham aumentado.
* O aumento das importações não se deve apenas à importação de equipamentos como refere o sr. vice-primeiro ministro da inutilidade, foram importados muitos bens para os consumistas, não temos os dados por parcelas.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário