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Taxistas querem €10 no Natal e Ano Novo
Afinal não é só uma tarifa especial de 20 euros para os serviços de
táxi nos aeroportos e portos nacionais (Lisboa, Funchal, Leixões,
Portimão e Ponta Delgada). As associações de taxistas também propuseram
ao Governo a criação de uma tarifa única de 10 euros para todos os
serviços na noite de Natal e na passagem de ano.
Estas propostas foram apresentadas em Outubro do ano passado
pela Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis
Ligeiros (Antral) e pela Federação Portuguesa do Táxi, no âmbito da
convenção negociada todos os anos com a Direcção-Geral das Actividades
Económicas (DGAE) - que serve para fixar os preços do sector para todo o
país (incluindo bandeirada e suplementos).
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Mas o Ministério da Economia rejeitou todas as propostas, inclusive a
pretensão de aumentar o tarifário geral em 8%. “Era manifestamente
excessivo, tendo em conta a taxa mínima de inflação que se regista
actualmente, a estabilização do consumo privado e dos preços do
petróleo”, explicou ao SOL o secretário de Estado Adjunto e da Economia,
Leonardo Mathias, sublinhando que aguarda uma contra-proposta das
associações.
“A negociação continua. Estamos dispostos a rever o modelo, mas este
assunto tem de ser visto como um todo e deve reflectir a situação
económica do país e a oferta turística”, esclarece o governante.
A discussão continua
Foi criado um grupo de trabalho só para discutir estas tarifas
especiais. A de 20 euros seria aplicada a todos os que viajassem a
partir da zona de chegadas da Portela, por exemplo, dando direito a um
percurso até 14,8 quilómetros.
Os taxistas vão continuar a bater-se pela aprovação destas tarifas
especiais. “Há situações que não podem continuar nos aeroportos, como as
sucessivas especulações. E este modelo já existe em Madrid, Barcelona,
Itália e Grécia”, nota Carlos Ramos, presidente da Federação Portuguesa
do Táxi, lembrando que o Governo mostrou abertura para adoptar estas
tarifas de serviço mínimo.
“Não há objecções de princípio à sua fixação”, lê-se na acta de uma
reunião em Janeiro passado, entre a DGAE e os representantes do sector.
Nessa altura, os valores concretos ainda não tinham sido decididos nem
analisados.
A verdade é que, a serem implementadas, estas taxas vão implicar uma
série de obrigações por parte dos taxistas que serão estabelecidas em
regulamento próprio. Segundo o projecto de regulamento, a que o SOL teve
acesso, o taxista que prestar serviço nas praças que vierem a ser
abrangidas por esta convenção terão, por exemplo, de “actuar com zelo,
isenção, correcção e urbanidade no trato com passageiros”, “zelar e
cuidar da sua higiene e apresentação pessoal” e “observar as orientações
que o passageiro fornecer quanto ao itinerário e à velocidade, devendo,
na falta de orientações expressas, adoptar o percurso mais curto”. Não
está previsto qualquer fardamento específico como chegou a ser
noticiado.
Já os carros que forem licenciados para este regime devem dispor de
ar condicionado, bom sistema de iluminação interior e terminal de
pagamento com cartões de débito e crédito, devendo apresentar-se em bom
estado de conservação e limpeza.
Até que os preços e tarifas para 2015 sejam decididos, mantêm-se em
vigor os valores da convenção do ano passado. “Não há instabilidade nem
vazio legal nesta matéria”, sublinha o secretário de Estado Leonardo
Mathias.
ANA quer taxar acesso
Mas outras alterações estão em marcha, como o acesso condicionado de
táxis e particulares aos terminais dos aeroportos, através da introdução
de cancelas e de uma taxa de um euro, por parte da ANA - Aeroportos de
Portugal. “Mas este assunto é entre privados, nada tem que ver com o
Governo nem com a convenção universal de preços”, sublinha Leonardo
Mathias.
O SOL sabe que a Câmara de Lisboa está a preparar, em conjunto com as
associações de taxistas, o Instituto da Mobilidade e Transportes, a
Polícia e outras entidades, um regulamento de estacionamento para o
aeroporto e para o terminal de cruzeiros na capital.
* Está tudo louco, então e todos os outros trabalhadores que são obrigados a trabalhar naqueles dias, que fazem muito mais falta que taxistas "voluntários", ganham o quê?
As associações de táxis deviam estar mais atentas às condições de higiene dos automóveis e de mecânica, existem bastantes que mal se entra sai-se de imediato tal é o mau cheiro e outros com a suspensão completamente fanada. .
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