HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Operação ‘Fazenda Branca' investiga
Feira dos Tecidos e detém nove pessoas
Suspeitas de fraude fiscal, associação criminosa, branqueamento de capitais estão na base de dezenas de buscas. Há nove detidos.
A Polícia Judiciária (PJ) do Porto lançou hoje uma mega
operação sobre um grupo têxtil do Norte que é proprietário da cadeia de
lojas Feira dos Tecidos e USCITA com estabelecimentos em todo o país.
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Em
causa estão suspeitas de crimes de branqueamento de capitais,
associação criminosa e fraude fiscal que levaram a dezenas de buscas no
País. Em comunicado, a PJ confirmou nove detidos com idades
compreendidas entre os 38 e os 63 anos, entre os quais o proprietário da
empresa e uma contabilista.
No âmbito da denominada operação ‘Fazenda Branca', num inquérito
dirigido pelo Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto e em
articulação com a Autoridade Tributária (AT), a PJ avança que
desenvolveu "uma investigação visando cessar a actividade de um grupo de
pessoas fortemente indiciado pela prática continuada de crimes de
associação criminosa, fraude fiscal e branqueamento de capitais".
Segundo a PJ, as investigações permitiram indiciar a existência de um
grupo organizado no sector da compra e venda de têxteis que, actuando
de forma concertada e permanente, vinha efectuando transacções
comerciais sem proceder à respectiva declaração fiscal ou fazendo-o com
falsidade, lesava os cofres do Estado em dezenas de milhões de euros em
sede de IRC e IVA.
No decurso desta operação foram ainda apreendidos veículos
automóveis, diversas obras de arte e outros bens móveis, milhares de
euros em dinheiro e documentação relevante.
O Procurador do DIAP do
porto, Silvino Pereira, esteve no terreno à acompanhar as buscas ao
grupo que detém lojas de comércio de tecidos, malhas e acessórios, e se
dedica ainda a outras actividades.
Em comunicado a PJ confirmou a realização de 30 buscas no Grande
Porto e ainda noutras cidades como Lisboa, Coimbra e Braga, envolvendo
empresas e residências de particulares. Um dos alvos foi a sede
operacional do grupo, na sede industrial do Porto.
O grupo já tinha sido alvo de buscas e de uma investigação
relacionada com esquemas de fraude carrossel de IVA, que residem no
facto de uma empresa não só não se ter pago o imposto devido, como se
tenta recuperar impostos que nunca foram pagos, através do reembolso.
* Há muitas lavandarias em Portugal.
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