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"CORREIO DA MANHÃ"
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Faltam condições a lares
Instituições foram concebidas para pessoas mais novas.
Os utentes que atualmente residem nos lares portugueses são maioritariamente do sexo feminino, iletrados, pertencem a um escalão etário elevado e são altamente dependentes e debilitados. Mais de 30 por cento sofrem de demência.
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A conclusão faz parte do projeto Vidas – Valorização e Inovação em Demências, da União das Misericórdias Portuguesas, que avaliou 1500 idosos de norte a sul do País. "Os resultados preliminares indicam que a população que reside nos lares é muito frágil e idosa, com uma idade média de 83 anos. Mais de 80 por cento têm múltiplas doenças, entre as quais demência", explicou Manuel Caldas de Almeida, responsável pelo projeto.
De acordo com o médico especialista em geriatria, "a demência é um problema nos lares, e o cenário é heterogéneo, já que há pessoas em várias fases da doença", razão pela qual é necessário alterar o paradigma. "A população dos lares mudou e as instituições não estão preparadas para responder aos utentes com demência.
Os lares foram feitos para acolher pessoas mais novas, autónomas e com menos doenças, mas neste momento estão a ser utilizados por pessoas muito mais dependentes. É necessário pensar em soluções", alertou.
* Velhos amontoados em depósitos sem condições e o ministro Mota da lambreta consegue dormir descansado.
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