23/03/2015


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HOJE NO
 "OBSERVADOR"

Herbicida mais usado no mundo
 pode causar cancro

O alerta é da Organização Mundial de Saúde mas a empresa que o produz, a Monsanto, diz que a conclusão é precipitada e já pediu uma reunião de urgência. O produto está à venda em Portugal.

O herbicida mais usado no mundo inteiro pode causar cancro. A afirmação veio da própria Organização Mundial de Saúde (OMS) e a multinacional que o produz, a Monsanto, já veio contestar a conclusão e pedir uma reunião de urgência. Chama-se glifosato, é o ingrediente ativo do herbicida Roundup, produzido pela Monsanto, e é muito usado por agricultores, nas florestas e por particulares nos seus jardins.
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Diz o jornal brasileiro 
Istoédinheiro que este é o herbicida com maior volume de produção no mundo. As vendas dispararam desde a introdução de culturas geneticamente modificadas, como o milho e a soja, que são resistentes aquele herbicida permitindo ao agricultor acabar com as ervas daninhas sem colocar as culturas em causa.

A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, que integra a OMS, refere que o glifosato foi encontrado no ar, na água e nos alimentos e que a população em geral está particularmente exposta quando vive próximo de áreas tratadas. Mais, a exposição a este herbicida pode provocar o aparecimento de linfomas não-Hodgkin, ou cancros no sangue. Segundo a Quartz, este relatório foi feito com base em vários estudos que estão a ser desenvolvidos desde 2001 nos Estados Unidos e no Canadá a trabalhadores agrícolas. Um dos autores de um dos estudos adverte, no entanto, que não foi testada uma população mais vasta, como mulheres e jovens, no entanto é certo que uma maior exposição ao glifosato aumentou o número de casos de cancro.
Ainda assim, esta classificação não interfere em nada nas legislações de cada país.
“Cabe aos governos e outras organizações internacionais recomendar regulamentos, legislação ou intervenções de saúde pública”, referiu a Agência em comunicado.
Da Monsanto, a maior empresa de sementes do mundo, as reações foram rápidas. A empresa diz que os dados científicos não suportam as conclusões e pediu à OMS uma reunião de urgência. À Quartz disse que estas conclusões não vão alterar em nada as quantidades de glifosato utilizadas.

Nos Estados Unidos a discussão sobre o glifosato em alimentos tem sido acesa e, ainda no ano passado, levou à criação de legislação a obrigar a que os rótulos indiquem se um produto alimentar é geneticamente modificado.

Em 2013, a multinacional baseada nos Estados Unidos pediu e recebeu aprovação da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos para o aumento dos níveis de tolerância para o glifosato.

* O número de  venenos que nos impingem é infinito.
Se não sabe o que é a "Monsanto" nós explicamos-lhe; no dia 8 de Novembro de 2014 iniciámos uma série intitulada  " O MUNDO SEGUNDO A MONSANTO", foi editada durante 8 sábados consecutivos sempre às 21 horas. 
Pode acessar quer pela data que lhe indicámos ou pela etiqueta "VÃO-NOS À PEIDA DE MUITA MANEIRA", que pode localizar na coluna da direita logo a seguir às fotografias dos nossos amigos "PERSEGUIDORES".


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