HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Insolvências em Portugal
desceram 33% em 2014
O número de insolvências em Portugal desceu 33% em
2014, face ao ano anterior, para um total de 4.019 casos, indicam os
dados divulgados hoje em comunicado pela Cosec.
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De acordo com uma análise anual realizada pela seguradora
nos ramos do seguro de créditos e caução, o sector da construção
continuou a registar o maior número de insolvências, com 27% dos casos,
embora menos 29% do que em 2013.
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No que respeita aos distritos, destacam-se Lisboa e o Porto,
respectivamente com 24,3% (975) e 22,5% (903) das situações de
insolvência ocorridas no ano passado, acrescenta a Cosec.
Enquanto em Lisboa se deu uma descida de 30% no número de casos, em termos homólogos, no Porto diminuíram 34%.
Por outro lado, das insolvências registadas, cerca de 68% dizem
respeito a microempresas e outros 10% a empresários em nome individual.
"O segundo semestre foi caracterizado por algumas dificuldades no
registo e obtenção dos dados estatísticos que são centralmente
publicitados no Citius, o que afectou os valores registados", admite
também a empresa, que considera, todavia, que isso "não contraria a
tendência de quebra verificada".
"A análise dos dados de 2014 confirma as nossas expectativas de
melhoria deste indicador em Portugal", afirma a administradora da COSEC
Berta Dias da Cunha, citada no comunicado, que considera que as empresas
"estão a conseguir encontrar formas de se diferenciarem e de se
destacaram num mercado competitivo".
Quanto aos processos especiais de revitalização (PER), também
analisados pela Cosec, em 2014 houve 835 empresas que fizeram
solicitações nesse sentido, o que representa uma descida de 18% face a
2013, indica a seguradora.
A descida de solicitações de PER no segundo semestre de 2014 "também
estará relacionada com as dificuldades de funcionamento da plataforma",
acrescenta a seguradora.
Também no âmbito dos PER, o maior número de pedidos ocorreu nos
sectores com mais insolvências, nomeadamente a construção (224 empresas
em PER), serviços (162) e retalho (94). No que respeita à dimensão, 80%
são micro ou pequenas empresas.
Na análise realizada, a Cosec conclui ainda que mais de metade (56%)
das empresas que integraram o PER aguardam actualmente uma resposta de
decisão, mas apenas 29% desses processos se mantêm dentro dos prazos.
Outros 24% das empresas que deram entrada com um pedido tiveram o seu
plano de revitalização homologado, 13% estão em situação de regime de
insolvência declarada pelos tribunais e outros 8% regressaram à
actividade sem acordo quanto ao plano.
* As insolvências reduziram porque se se mantivesse o ritmo o país fechava as portas num instante, como há menos empresas a taxa percentual de insolvências tem obrigatóriamente de descer. No entanto milhares de empresas criadas são completamente virtuais, estão aí para lavar dinheiro, vão falir quando os donos abrirem outras. O caso BES é exemplificativo.
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