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PSD considera bastonário da Ordem dos Médicos "força de bloqueio permanente"
O deputado do PSD Miguel Santos considerou, esta terça-feira, que o bastonário da Ordem dos Médicos perdeu a independência e a credibilidade, acusando José Manuel Silva de confundir "a sua agenda política" com as funções que exerce.
"José Manuel Silva não apresenta uma
crítica construtiva, uma proposta", lamentou o deputado social-democrata
em declarações à Lusa.
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Sem se referir a nenhuma posição em
concreto tomada pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Santos
condenou a forma como José Manuel Silva age como "força de bloqueio
permanente", considerando que chega a "disputar o palco com a esquerda
mais radical".
"Lamentamos profundamente a forma como o bastonário
da Ordem dos Médicos exerce as suas funções, não adotando uma posição
institucional respeitável. Devia procurar os consensos em vez de optar
por uma linguagem panfletária", declarou.
Miguel Santos considerou
ainda que José Manuel Silva utiliza o cargo de bastonário da Ordem dos
Médicos para prosseguir "um projeto pessoal" e fazer "propaganda
política".
As posições que o bastonário da Ordem dos Médicos tem
assumido são bastante críticas para o Governo. Num artigo de opinião,
publicado no JN, enunciou as 10 razões da congestão das urgências.
Recentemente,
em Angola, durante o X Congresso Internacional dos Médicos, José Manuel
Silva disse que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) português já "não cumpre" o estipulado pela Constituição, consequência dos cortes no financiamento do setor.
Já
esta semana, o bastonário da Ordem dos Médicos insurgiu-se contra a
decisão do ministério da Saúde de dar aos enfermeiros a possibilidade de
virem a pedir exames nos serviços de urgência de alguns hospitais,
medida que classificou como "demagógica, inútil e prejudicial".
* Quando um partido do governo aponta baterias contra uma Ordem profissional é porque pensa muito pequenino.
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