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As mulheres britânicas não tomam banho regularmente e têm orgulho nisso
Um estudo realizado por uma marca de cosméticos revelou que quatro em cada cinco mulheres britânicas não tomam banho todos os dias. "E depois?"
Em pleno século XXI, há quem admita que tomar banho regularmente não é assim tão importante. Um estudo recente feito pela Flint+Flint, uma marca de cosméticos britânica, apurou que quatro em cada cinco mulheres não tomam banho todos os dias e que um terço chega mesmo a passar três dias sem lavar nenhuma parte do corpo. Incluindo a cara.
Mas, para muitas destas mulheres, uma higiene diária descuidada não é motivo de vergonha. Muito pelo contrário. O estudo, divulgado pelo Telegraph, gerou uma onda de solidariedade feminina, com várias mulheres a admitirem publicamente que não tomam banho diariamente. E que têm orgulho nisso.
.
Rowan Pelling é uma dessas mulheres. Numa artigo de opinião publicado também no Telegraph, admite ser uma “mulher suja” e deixa um apelo a todas as mulheres britânicas: “não tomem banho”. Para ela, quando alguém se gaba demasiado da higienie diária, é caso para desconfiar. “Fico surpreendida com o número de pessoas que insiste em dizer-me que toma dois duches por dia, como se fossem alguma espécie de Madre Teresa da higiene pessoal”, admite. “Que tipo de sujidade estão eles a lavar?”, questiona.
No mesmo artigo, Pelling chega mesmo a afirmar que a sujidade e o orgulho fazem parte da herança das mulheres britânicas.“Somos internacionalmente conhecidas pelas nossas maneiras anti-higiénicas”, escreve. Quanto à sua própria higiene pessoal, diz preferir um “banho à moda antiga”, mesmo que tenha de esperar “vários dias” para o conseguir fazer. O ritual é sempre o mesmo — água quente, um livro e um copo de whisky.
No mesmo jornal, Daisy Buchanan escreve que as mulheres têm o direito de cheirar mal, de transpirar e de não mudar de cuecas. “E então?”, questiona, apercebendo-se de que ao longo da sua vida já gastou mais dinheiro em perfume do que em impostos. Mas o verdadeiro inimigo da higiene feminina parece ser a falta de tempo. De acordo com o estudo da Flint+Flint, 89% das britânicas admitiram querer melhorar a sua higiene pessoal. Porém, a falta de tempo ou o cansaço nem sempre o tornam possível. Para Virginia Smith não há mal nenhum nisso.
“A verdade é que a maioria das pessoas não tem tempo nem energia para uma rotina noturna de limpeza”, escreve para o Guardian. “Os duches matutinos são mais frequentes, mas nem sempre são possíveis num âmbito familiar”, acrescenta. Apesar de, por vezes, não haver tempo para tomar banho, Smith garante que, mesmo assim, “somos mais limpos que os nossos antepassados, graças às nossas excelentes casas de banho”.
* Tentando clarificar:
1- Não se é limpo porque se toma banho todos os dias, os dermatologistas não são de opinião favorável ao banho diário nem do uso da quantidade interminável de produtos para dar cabo da pele destruindo o seu Ph e os microorganismos de defesa.
2- Um reputadíssimo dermatologista português, já falecido infelizmente, costumava dizer sabão azul e branco e só nas zonas onde há pelos, sovacos e "au-dessous", no cabelo só o shampoo indicado pelo médico.
3- Não perfilhamos este radicalismo, gostamos dum cheirinho, mas não temos qualquer dúvida da sabedoria do clínico.
Quanto às inglesas, pensem em Diana Spencer e Kate Middleton, duas britânicas lindíssimas e percebam que a Flint+Flint quer aumentar as vendas. Rowan Pelling é espalhafatosa.
Mas, para muitas destas mulheres, uma higiene diária descuidada não é motivo de vergonha. Muito pelo contrário. O estudo, divulgado pelo Telegraph, gerou uma onda de solidariedade feminina, com várias mulheres a admitirem publicamente que não tomam banho diariamente. E que têm orgulho nisso.
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Rowan Pelling é uma dessas mulheres. Numa artigo de opinião publicado também no Telegraph, admite ser uma “mulher suja” e deixa um apelo a todas as mulheres britânicas: “não tomem banho”. Para ela, quando alguém se gaba demasiado da higienie diária, é caso para desconfiar. “Fico surpreendida com o número de pessoas que insiste em dizer-me que toma dois duches por dia, como se fossem alguma espécie de Madre Teresa da higiene pessoal”, admite. “Que tipo de sujidade estão eles a lavar?”, questiona.
No mesmo artigo, Pelling chega mesmo a afirmar que a sujidade e o orgulho fazem parte da herança das mulheres britânicas.“Somos internacionalmente conhecidas pelas nossas maneiras anti-higiénicas”, escreve. Quanto à sua própria higiene pessoal, diz preferir um “banho à moda antiga”, mesmo que tenha de esperar “vários dias” para o conseguir fazer. O ritual é sempre o mesmo — água quente, um livro e um copo de whisky.
No mesmo jornal, Daisy Buchanan escreve que as mulheres têm o direito de cheirar mal, de transpirar e de não mudar de cuecas. “E então?”, questiona, apercebendo-se de que ao longo da sua vida já gastou mais dinheiro em perfume do que em impostos. Mas o verdadeiro inimigo da higiene feminina parece ser a falta de tempo. De acordo com o estudo da Flint+Flint, 89% das britânicas admitiram querer melhorar a sua higiene pessoal. Porém, a falta de tempo ou o cansaço nem sempre o tornam possível. Para Virginia Smith não há mal nenhum nisso.
“A verdade é que a maioria das pessoas não tem tempo nem energia para uma rotina noturna de limpeza”, escreve para o Guardian. “Os duches matutinos são mais frequentes, mas nem sempre são possíveis num âmbito familiar”, acrescenta. Apesar de, por vezes, não haver tempo para tomar banho, Smith garante que, mesmo assim, “somos mais limpos que os nossos antepassados, graças às nossas excelentes casas de banho”.
* Tentando clarificar:
1- Não se é limpo porque se toma banho todos os dias, os dermatologistas não são de opinião favorável ao banho diário nem do uso da quantidade interminável de produtos para dar cabo da pele destruindo o seu Ph e os microorganismos de defesa.
2- Um reputadíssimo dermatologista português, já falecido infelizmente, costumava dizer sabão azul e branco e só nas zonas onde há pelos, sovacos e "au-dessous", no cabelo só o shampoo indicado pelo médico.
3- Não perfilhamos este radicalismo, gostamos dum cheirinho, mas não temos qualquer dúvida da sabedoria do clínico.
Quanto às inglesas, pensem em Diana Spencer e Kate Middleton, duas britânicas lindíssimas e percebam que a Flint+Flint quer aumentar as vendas. Rowan Pelling é espalhafatosa.
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