HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
WSJ:
Arnaut ajudou Goldman Sachs
a angariar dinheiro para o BES
Goldman Sachs tem perdas de quase 700
milhões de euros depois de ter dado um empréstimo de 835 milhões ao BES,
em Julho. Arnaut terá ajudado à angariação dos fundos. Em Agosto o
banco colapsou.
Foi um trabalho concertado de vários meses que permitiu que o Goldman Sachs emprestasse 835 milhões de euros ao BES no Verão passado, num esforço conjunto entre responsáveis do Goldman para manter negócios com o banco.
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E José Luís Arnaut, antigo ministro de Durão Barroso, foi um dos
vários políticos que Ricardo Salgado contactou. Arnaut, que é um dos
vice-presidentes da Goldman, em seguida, ofereceu ao BES a ajuda da Goldman para conseguir os fundos, conta o "Wall Street Journal".
Foi um dos 'partners' da Goldman, António Esteves, também português e
responsável na Goldman pelas ligações com os bancos europeus e empresas
públicas, que ajudou a constituir uma equipa para criar uma estrutura
complexa para conseguir o empréstimo, segundo pessoas próximas que o WSJ
não identifica.
A ajuda foi dada no início de Julho mas pouco mais de um mês depois, a 3 de Agosto, deu-se a derrocada do BES.
O negócio foi aprovado por, pelo menos, três comités da Goldman,
compostos por banqueiros séniores que deveriam medir o risco de
prejudicar a reputação do banco.
A angariação do capital foi feita através da criação de uma empresa, a Oak Finance Luxemburg, pelo Goldman e pelo BES. A transacção seria do conhecimento dos responsáveis da Goldman Sachs Internacional.
O propósito da Oak Finance, escreve o WSJ, era financiar um empréstimo prometido pelo BES
à petrolífera venezuelana. Ao Goldman também serviu os interesses já
que o banco norte-americano tentava reforçar as suas relações com o
Governo daquele país.
A Goldman na passada semana avcabou por admitir as perdas do
empréstimo, de 680 milhões de euros. É que o Banco de Portugal
transferiu a dívida das contas do Novo Banco para o BES, que ficou com
os activos tóxicos. O prejuízo também afecta alguns clientes do Goldman
Sachs e foi contabilizado nas contas do primeiro trimestre do banco
norte-americano.
Os responsáveis da Goldman esperavamque o empréstimo feito através da Oak à petrolífera estatal Venezuelana permitisse ao BES recuperar alguma saúde financeira mas isso não acontecceu. O Goldman, contudo, continuava a reforçar no capital do BES, tendo 2,27% do capital.
É essa participação acconista que não permite que as perdas fiquem no
Novo Banco: a lei diz que qualquer accionista qualificado (mais de 2%
do capital) serão os últimos a reaver as suas perdas.
O Diário Económico tentou contactar José Luís Arnaut, mas o advogado não esteve disponível.
* Existirão mais conexões, é só ter paciência para as ver emergir.
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