HOJE NO
"i"
O Facebook sabe mais de nós
do que as nossas famílias.
Veja como
Os likes no Facebook têm mais poder do que se imagina. Um estudo prova que as redes sociais julgam melhor a personalidade do utilizador do que a sua família ou amigos
Alguém
sugere a página de um restaurante, de um clube de futebol, de uma
religião, ou de algo tão simples como filmes e músicas. Tudo acaba com
um like, mais ou menos tímido, até porque há coisas que não fazemos
questão de que os outros saibam que gostamos. O que até aqui era visto
como um gesto isolado e sem grande impacto, pode ajudar, no seu
conjunto, a perceber características vitais de personalidade. Por
exemplo: gostar do filme “Silêncio dos Inocentes” ajuda a criar uma
personalidade mais competitiva, mas se o like for na página da cantora
Nikki Minaj, podemos estar perante uma pessoa mais extrovertida.
.
Assim, like a like, o computador acaba por ser um juiz de
personalidade, juntando de forma matemática as preferências de cada um,
inserindo-as nos cinco grandes padrões que ajudam a criar a
individualidade. Este é um processo criado por uma equipa de
investigadores da Universidade de Cambridge e que, segundo mostram, os
resultados podem ser bastante aproximados do real, mais até do que a
avaliação psicológica feita ao indivíduo por familiares ou amigos.
Para o estudo, foi pedido a cada um dos mais de 86 mil voluntários o
preenchimento de um questionário de personalidade. Além disso, foram
recolhidos todos os likes das suas páginas de Facebook. Usando a
auto-avaliação como ponto de partida, foram comparados os testes feitos
pelas pessoas próximas do utilizador, ao mesmo tempo que se fazia uma
recolha online das suas preferências. Os investigadores descobriram que o
software que desenvolveram conseguia prever a personalidade de um
participante com mais precisão do que um colega de trabalho, com base em
apenas 10 likes. A partir dos 70 likes, o computador estava mais
próximo do que um amigo ou companheiro de casa, valor que sobe para os
150 likes quando se fala dos pais. Só o cônjuge parece dar mais luta à
máquina, sendo precisos 300 likes para que o programa seja capaz de
traçar melhor a personalidade do voluntário.
O resultado foi surpreendente até para os investigadores. Wu YouYou,
uma das líderes do trabalho, explicou ao i que, neste caso, a máquina
conseguiu bater o homem naquilo que é um dos jogos preferidos das
pessoas: prever personalidade com base nas características de cada um.
“As pessoas gabam-se das suas capacidades de julgar os outros, mas um
modelo de computador bastante simples, conseguiu bater facilmente essa
habilidade”, acrescentou.
Facebook vs. Curriculum
Os likes foram convertidos
pelo sistema informático em características que ajudaram a criar os
cinco grandes traços de personalidade. São eles a abertura, onde se pode
ser liberal ou conservador; amabilidade, dividida entre cooperativo e
competitivo; neuroticismo, com a possibilidade de ser mais instável ou
calmo; a consciencialização dividida entre organizado e espontâneo; e a
abertura à experiência, onde uma pessoa pode ser mais activo ou
reservado.
.
Apesar da surpresa perante os resultados da análise, os
investigadores alertam para o poder das redes sociais em traçar
personalidades, o que pode influenciar a vida futura de cada um, tanto
nas ligações emocionais como, por exemplo, na procura de emprego. Wu
YouYou lembra que, durante um recrutamento profissional, a procura pode
passar a ser mais direccionada. “Uma empresa de bungee jumping vai
procurar alguém mais extrovertido e uma empresa de contabilidade vai
preferir um candidato que prima pela organização”, lembra. Nos encontros
online, salienta a investigadora, este tipo de teste pode ser usado
para facilitar a procura de alguém compatível.
* O facebook vai ser o maior produtor de tragédias pessoais em todo o mundo, a ânsia do "estrelato" uma absurda enormidade, o bom senso é assassinado.
.
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