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"DIÁRIO ECONÓMICO"
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FMI preocupado com o crescimento de
. partidos como o Podemos na Europa
O economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) admitiu hoje a sua preocupação pelo crescimento de partidos que classificou como "populistas" na Europa, numa referência - sem nomear - ao partido espanhol Podemos.
Numa conferência de imprensa em Pequim para anunciar as perspectivas económicas para 2015, Olivier Blanchard, o economista-chefe do FMI referiu especificamente o caso espanhol, elogiando o crescimento "relativamente alto, para o 'standard' europeu" de Espanha, cujo Produto Interno Bruto (PIB) este ano deverá subir 2% e em 2016 outros 1,8%.
Ainda assim, Blanchard advertiu que a Espanha ainda tem um longo caminho a percorrer para reduzir os níveis de desemprego, que ainda superam os 20%.
Após esta referência, o economista-chefe do FMI manifestou preocupação quanto ao crescimento de partidos que querem sair do Euro, numa descrição que encaixa no Podemos espanhol.
"O desemprego ainda continua demasiado elevado em Espanha, como noutros países, e isso está a levar ao crescimento de partidos que nem sequer querem fazer parte do euro, que adotam posições populistas. É algo com que temos de nos preocupar", declarou Blanchard.
Nas últimas eleições europeias, em 2014, o Podemos conseguiu quase 1,2 milhões de votos e elegeu cinco eurodeputados.
Uma sondagem publicada na semana passada pelo diário ABC indica que o Podemos poderia obter até 21,1% dos votos nas próximas eleições gerais espanholas (elegendo 89 deputados, a pouco mais de dois pontos percentuais dos 23,9% do PP (atualmente no poder), de Mariano Rajoy, que elegeria 132 deputados.
A confirmar-se este cenário, o Partido socialista espanhol (PSOE) cairia para terceira força política, com 19,2%.
As eleições gerais em Espanha realizam-se no outono deste ano.
A Espanha - um dos maiores destinos das exportações portuguesas - e os Estados Unidos foram os dois únicos países a registar uma revisão em alta das perspetivas de crescimento calculadas pelo FMI.
As perspetivas do FMI para Espanha, anunciadas esta madrugada em Pequim, representam uma atualização em alta de três décimas face aos 1,7% de crescimento em 2015 previstos para Espanha em outubro.
Para o conjunto da zona Euro, a perspetiva é de uma baixa no crescimento.
Assim, em 2015 a média de crescimento dos países do euro será de 1,2% e, em 2016, não passará de 1,4%, situando-se duas e três décimas abaixo do que tinha sido estimado anteriormente.
Ou seja, o FMI estima que a Espanha vai liderar a expansão económica europeia, já que a Alemanha deverá crescer 1,3% em 2015 e 1,5% em 2016.
Para a França, o FMI estima uma subida de 0,9% este ano e 1,3% no próximo.
"Aconteceram coisas boas na Espanha", destacou Olivier Blanchard, atribuindo a melhoria nas perspetivas da Espanha ao aumento da competitividade e da produtividade, os cortes salariais, o comportamento das exportações e um maior otimismo.
* O FMI não gosta do Podemos nem do Syriza nem de outro qualquer partido que não se conforme com a atitude coerciva do capitalismo mundial do qual o FMI é o executor. Os povos têm o direito de dizer que não querem pagar a má gestão dos governantes subservientes do dinheiro.
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