10/11/2014

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Isabel dos Santos ataca compra da PT 
 
Filha do Presidente de Angola oferece 1,21 mil milhões de euros e força entrada na brasileira Oi. Sonae de Belmiro Azevedo foi informada da operação.
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Dias depois de economistas e ex-ministros terem pedido o resgate da Portugal Telecom, a resposta vem de Angola, com a empresária Isabel dos Santos a avançar com uma Oferta Pública de Aquisição (OPA), no valor de 1,21 mil milhões de euros, para chegar à gestão da dona da MEO.

O ponto de partida da operação é a PT SGPS, a holding que resultou da separação de ativos ditada pela fusão com a brasileira Oi. A filha do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, propõe-se a comprar, através da sociedade Peregrin, a PT SGPS, oferecendo 1,35 euros por ação e, dessa forma, assumir uma posição na Oi e os destinos da PT Portugal, a empresa que oferece os serviços de televisão, internet, telefone e móvel, através da marca MEO.

"O objetivo final é a aquisição de uma participação relevante, mas minoritária e não de controlo, no capital da Oi, permitindo a manutenção da unidade do grupo PT e potenciando a capacidade tecnológica da empresa", afirma o porta-voz da empresária. 

Ao CM, fonte próxima de Isabel dos Santos explica que é uma tentativa de "evitar o desmantelamento da PT", ao mesmo tempo que abre portas à entrada da empresária no Brasil. A OPA sobre a PT SGPS surge depois de a ZOPT – que junta a participação de Isabel dos Santos na extinta ZON e a Sonae, ex-dona da Optimus – ter anunciado que estava na corrida pela operadora portuguesa. 
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Agora, apesar de Isabel dos Santos lançar a OPA através de uma empresa que a representa individualmente, o porta-voz garante que a operação é feita "com o conhecimento prévio dos parceiros da Sonae e em harmonia com os objetivos definidos aquando da declaração conjunta difundida pela ZOPT na semana passada". "O investimento realizado na NOS em nada será afetado", assume. Os franceses da Altice já tinham mostrado interesse na compra da PT Portugal, tendo oferecido sete mil milhões de euros pelo negócio. 

* Não tardará que a família angolana lançe uma OPA sobre Portugal inteiro, "negócio é negócio" diria o governo.


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