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PAULO DE CARVALHO
"A VOZ"
SOBRE OS PORTUGUESES
É muito fácil dizer "aqueles fulanos do Governo", mas alguém os pôs lá. É por isso que eu acho que deveria haver obrigatoriedade de voto. Talvez assim as pessoas participassem mais na vida pública. Dizem-me que o voto obrigatório pode ser anti-democrático, mas se isto que vivemos é democracia, eu vou ali e já venho. Hoje em dia sou constantemente vigiado através do meu cartão multibanco. Somos todos vigiados. O poder, seja lá o que isso for, sabe perfeitamente onde é que nós andamos.
Ainda hoje me continuam a perguntar: você continua a cantar? Ai sim? Mas não trabalha? Eu vou-me embora e nem respondo. Lá está, falha a cultura, a educação… Eu nunca vi nenhum país sair de si próprio através de negócios ou da economia. Os países saem de si próprios através da cultura.
* Excertos de entrevista ao "JORNAL DE NEGÓCIOS"
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331.
Senso d'hoje
Senso d'hoje
PAULO DE CARVALHO
"A VOZ"
SOBRE OS PORTUGUESES
Se lermos o
passado, podemos pensar naquilo que pode vir a ser o futuro. Olhando
para o passado, não me surpreende que estejamos como estamos hoje,
sobretudo porque nunca houve grande participação dos portugueses na vida
política. A cidadania não é muito praticada pelo povo português.
Preocupamo-nos pouco com a vida colectiva. Preocupamo-nos muito connosco
próprios.No cada um por si. O Estado somos nós e não temos tido
consciência disso.
É muito fácil dizer "aqueles fulanos do Governo", mas alguém os pôs lá. É por isso que eu acho que deveria haver obrigatoriedade de voto. Talvez assim as pessoas participassem mais na vida pública. Dizem-me que o voto obrigatório pode ser anti-democrático, mas se isto que vivemos é democracia, eu vou ali e já venho. Hoje em dia sou constantemente vigiado através do meu cartão multibanco. Somos todos vigiados. O poder, seja lá o que isso for, sabe perfeitamente onde é que nós andamos.
Ainda hoje me continuam a perguntar: você continua a cantar? Ai sim? Mas não trabalha? Eu vou-me embora e nem respondo. Lá está, falha a cultura, a educação… Eu nunca vi nenhum país sair de si próprio através de negócios ou da economia. Os países saem de si próprios através da cultura.
* Excertos de entrevista ao "JORNAL DE NEGÓCIOS"
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