HOJE NO
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Bruxelas diz que Portugal não
transpôs integralmente mobilidade
de doentes e ameaça ir para tribunal
Comissão Europeia admite recorrer ao Tribunal de Justiça da União Europeia caso não seja notificada de medidas no prazo de dois meses
Bruxelas tem dúvidas sobre transposição da directiva dos cuidados
transfronteiriços para a legislação portuguesa. Em causa está directiva
que permite a qualquer doente recorrer a serviços de saúde no espaço
europeu, sendo reembolsado posteriormente.
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Os Estados-Membros tinham até
25 de Outubro de 2013 para transpor esta directiva. Portugal admitiu
atraso mas a lei nacional está em vigor desde o início de Setembro,
determinando que os doentes devem solicitar em alguns casos autorização
prévia para ir a outro país fazer uma consulta ou operação, algo que
também está previsto na directiva.
Segundo uma nota da Comissão Europeia, que fez o mesmo reparo aos
Países Baixos, o governo tem dois meses para informar Bruxelas das
medidas tomadas para a plena transposição da directiva, que além de
estabelecer o direito de que os doentes podem optar por receber cuidados
noutro Estado-Membro determina também que os sistemas de saúde têm de
assegurar que os doentes recebem toda a informação de que necessitam
para fazer uma escolha informada. “A directiva foi parcialmente
transposta pelos Países Baixos e por Portugal ”, lê-se na comunicação.
O i tentou perceber junto da tutela se houve alguma falha na
notificação a Bruxelas da lei implementada em Portugal ou se a Comissão
Europeia entende que a directiva foi mal transposta. O gabinete do
ministro respondeu que ainda não foi notificado, desconhecendo por agora
o teor das questões levantadas.
Ainda ninguém pediu reembolsos
No início deste mês a Administração Central do Sistema de Saúde
considerou ser cedo para fazer um balanço da implementação da lei dos
Cuidados de Saúde Transfronteiriços. Até à data, não tinham sido
apresentados quaisquer pedidos formais de autorização prévia para a
prestação de cuidados nem pedidos de reembolso por parte de doentes. A
ACSS lançou em Setembro a página diretiva.min-saude.pt, que contém
informação sobre os direitos dos utentes e procedimentos a seguir.
* O governo gosta muito de fintar, primeiro os portugueses, depois as instâncias europeias.
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