Direcção-Geral do Emprego "esconde"
. dados sobre gabinetes do governo
Síntese Estatística do Emprego Público do 3.º trimestre omite número de pessoas dos gabinetes dos membros governamentais. Sector empresarial também não tem dados
A Direcção-Geral
da Administração e do Emprego Público (DGAEP) deixou de publicar os
dados relativos aos gabinetes de membros do governo.
ADGAEP acaba de divulgar a Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP) relativa ao terceiro trimestre deste ano, mas o quadro em que aparecem os números dos funcionários a trabalhar nos gabinetes governamentais não existe, ao contrário do que aconteceu até ao boletim referente ao segundo trimestre.
Oi questionou o Ministério das Finanças, organismo que tutela a DGAEP, sobre as razões pelas quais esta informação deixou de estar incluída no boletim, mas até à hora de fecho desta edição não obteve resposta.
Coincidência ou não, a DGAEPdeixou de publicar estes dados depois de o jornal i ter noticiado em Agosto que o número de colaboradores dos membros dos gabinetes governamentais tinha aumentado. Com efeito, de acordo com a base na Síntese Estatística do Emprego Público do segundo trimestre, o número de trabalhadores dos gabinetes do governo aumentou 8,3% entre o final de 2011 e Junho de 2014, com a passagem de 951 para 1030.
Apesar de não haver dados mais recentes, uma coisa é certa: as despesas dos 56 membros que compõem o actual governo não param de aumentar. Tal como o i noticiou a 17 de Outubro, os gastos dos gabinetes vão subir para 51,5 milhões de euros em 2015, de acordo com os mapas que acompanham a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano.
Este valor representa um acréscimo de 864,3 mil euros em relação às verbas inscritas no OE de 2014. Se a comparação for com o OE/2012, o primeiro elaborado pelo executivo de Pedro Passos Coelho, o aumento é muito mais significativo: 4,3 milhões de euros. Em causa estão todas as despesas com pessoal, designadamente as remunerações de ministros, secretários de Estado e seus colaboradores, as despesas de representação, ajudas de custo, suplementos e prémios, subsídio de refeição, férias e Natal e contribuições para a Segurança Social ou a Caixa Geral de Aposentações, e os gastos na aquisição de bens e serviços, designadamente em telemóveis, combustíveis, alimentação, deslocações e estadas, estudos e consultoria, entre muitas outras rubricas.
Sector Empresarial também sem dados Outra informação que a DGAEPdeixou de publicar tem a ver com os dados discriminados das entidades que compõem o sector empresarial do Estado (SEE). A situação já tinha ocorrido no boletim relativo ao segundo trimestre. O i questionou na altura o Ministério das Finanças sobre esta situação mas não obteve resposta. Ontem, e a propósito já do boletim do terceiro trimestre, o i voltou a questionar o gabinete de Maria Luís Albuquerque, mas voltou a ficar sem resposta.
Esta informação ganha maior relevância tendo em conta que a Síntese do terceiro trimestre inclui já a revisão de toda a série de dados e indicadores pela incorporação do novo universo de entidades definido no âmbito do novo Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, que levou à incorporação de mais 200 entidades e empresas para o perímetro orçamental.
De acordo com a análise do i aos números globais que constam no boletim, o sector empresarial do Estado (Central, Local e Regional) empregava um total de 112 993 pessoas no final de Setembro deste ano, o que representa uma descida de 5567 em relação a igual período de 2013, e de 8565 face a 2012.
ADGAEP acaba de divulgar a Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP) relativa ao terceiro trimestre deste ano, mas o quadro em que aparecem os números dos funcionários a trabalhar nos gabinetes governamentais não existe, ao contrário do que aconteceu até ao boletim referente ao segundo trimestre.
Oi questionou o Ministério das Finanças, organismo que tutela a DGAEP, sobre as razões pelas quais esta informação deixou de estar incluída no boletim, mas até à hora de fecho desta edição não obteve resposta.
Coincidência ou não, a DGAEPdeixou de publicar estes dados depois de o jornal i ter noticiado em Agosto que o número de colaboradores dos membros dos gabinetes governamentais tinha aumentado. Com efeito, de acordo com a base na Síntese Estatística do Emprego Público do segundo trimestre, o número de trabalhadores dos gabinetes do governo aumentou 8,3% entre o final de 2011 e Junho de 2014, com a passagem de 951 para 1030.
Apesar de não haver dados mais recentes, uma coisa é certa: as despesas dos 56 membros que compõem o actual governo não param de aumentar. Tal como o i noticiou a 17 de Outubro, os gastos dos gabinetes vão subir para 51,5 milhões de euros em 2015, de acordo com os mapas que acompanham a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano.
Este valor representa um acréscimo de 864,3 mil euros em relação às verbas inscritas no OE de 2014. Se a comparação for com o OE/2012, o primeiro elaborado pelo executivo de Pedro Passos Coelho, o aumento é muito mais significativo: 4,3 milhões de euros. Em causa estão todas as despesas com pessoal, designadamente as remunerações de ministros, secretários de Estado e seus colaboradores, as despesas de representação, ajudas de custo, suplementos e prémios, subsídio de refeição, férias e Natal e contribuições para a Segurança Social ou a Caixa Geral de Aposentações, e os gastos na aquisição de bens e serviços, designadamente em telemóveis, combustíveis, alimentação, deslocações e estadas, estudos e consultoria, entre muitas outras rubricas.
Sector Empresarial também sem dados Outra informação que a DGAEPdeixou de publicar tem a ver com os dados discriminados das entidades que compõem o sector empresarial do Estado (SEE). A situação já tinha ocorrido no boletim relativo ao segundo trimestre. O i questionou na altura o Ministério das Finanças sobre esta situação mas não obteve resposta. Ontem, e a propósito já do boletim do terceiro trimestre, o i voltou a questionar o gabinete de Maria Luís Albuquerque, mas voltou a ficar sem resposta.
Esta informação ganha maior relevância tendo em conta que a Síntese do terceiro trimestre inclui já a revisão de toda a série de dados e indicadores pela incorporação do novo universo de entidades definido no âmbito do novo Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais, que levou à incorporação de mais 200 entidades e empresas para o perímetro orçamental.
De acordo com a análise do i aos números globais que constam no boletim, o sector empresarial do Estado (Central, Local e Regional) empregava um total de 112 993 pessoas no final de Setembro deste ano, o que representa uma descida de 5567 em relação a igual período de 2013, e de 8565 face a 2012.
* Um "governogate" a juntar a tanta porta entreaberta não se sabe para que fins.
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