HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
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Conselho de Finanças identifica
“riscos não negligenciáveis”
no Orçamento
O Conselho de Finanças Públicas está principalmente preocupado com a forma como a meta orçamental será atingida no próximo ano.
A entidade que monitoriza as contas públicas, o Conselho de Finanças
Públicas (CFP), identifica "riscos não negligenciáveis" na proposta de
Orçamento do Estado para 2015 (OE/2015), apresentada pelo Governo. O
aviso é feito no parecer sobre o documento, publicado hoje e que será
amanhã apresentado aos deputados.
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As fragilidades do OE/2015 são visíveis "quer no respeitante às
previsões macroeconómicas em que se baseia, quer quanto às medidas de
política orçamental que lhe estão implícitas", lê-se na nota de imprensa
que acompanha o parecer. A entidade liderada por Teodora Cardoso
identifica um montante de 421 milhões de euros de medidas permanentes
que não se encontram suficientemente especificadas. Este valor
corresponde a cerca de 40% do total das medidas permanentes para
consolidar o défice.
A este número, acrescentam-se 100 milhões de euros de poupança com
prestações sociais que o CFP considera não estarem também devidamente
detalhados. Além destas medidas não estarem bem concretizadas, a
proposta de Orçamento também não inclui qualquer plano de implementação
das mesmas, que permita monitorizar os impactos que serão obtidos ao
longo do ano.
A principal preocupação revelada pelo relatório do Conselho é a
"constatação de uma inflexão significativa no respeitante à composição
do crescimento económico previsto". Esta alteração no modo como a
economia vai crescer terá impacto na sustentabilidade do crescimento
obtido, como no próprio orçamento e no modo de atingir as metas
orçamentais.
* Mais uma vez o Conselho de Finanças Públicas a dar conta da leviandade com que foi elaborado o Orçamento para 2015.
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