HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Fosso na avaliação cresceu
sobretudo nas ciências exactas
Física/Química e Biologia/Geologia sãs as disciplinas em que mais se acentuou a diferença de resultados internos e de exame.
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É em Física e Química e em Biologia e Geologia que as
diferença entre a média de notas atribuídas pelos professores em
avaliação contínua e a nota que os alunos conseguem nos exames mais tem
aumentado nos últimos anos.
Em 2012/2013, houve escolas onde a nota média interna de Física e
Química chegou a ser superior em oito valores à nota média obtida depois
em exame nacional. No caso da Biologia e Geologia, a diferença superou
também em vários casos os 7,5 valores.
Tratam-se de disciplinas
exactas e, por isso mesmo, é "difícil" ao dirigente da Sociedade
Portuguesa de Química "explicar os oito valores". Confrontado com estes
dados, João Paulo Leal começa por notar que "em Física e Química não há
grande margem" e que, portanto, "em alguns casos é de admitir que haja
inflação de notas". Já para diferenciais mais pequenos, diz, pode haver
justificação: "Parte desta diferença pode ser explicada na avaliação em
laboratório", que não é avaliada em contexto de exame.
Também o
presidente da Associação de Professores de Biologia e Geologia, João
Oliveira, diz que este é um cenário "frequente" nas escolas "de baixo
desempenho", de "periferia e ruralizadas e onde o nível de literacia
científica e de língua é baixo". Aí, diz, "a média de exame da escola é
inferior à média nacional" e tende-se a valorizar mais o esforço e a
evolução do aluno ao longo do ano.
Estas são também disciplinas
específicas, com mais peso na média dos estudantes no acesso a
licenciaturas como Medicina ou Farmácia, que contam com as notas de
acesso médias altas. Porém, nota João Oliveira, "as escolas que produzem
grandes disparidades entre as notas não são as que enviam alunos para
medicina".
João Paulo Leal descarta a ideia de exames mal
construídos. "O grau de dificuldade não tem aumentado. Os exames são
diferentes, mas não são mais difíceis e são feitos com cuidado e tendo
em conta os critérios das metas curriculares", garante. E lembra que "os
erros dos exames praticamente desapareceram".
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A resposta, para
estes os dois responsáveis, está portanto mais nas escolas. "Inflacionar
notas não é indicador de qualidade e a escola não faz um bom serviço",
afirma João Oliveira. Nesse sentido, João Paulo Leal diz que "a situação
está a ser discutida entre o IAVE [responsável pelos exames] e as
sociedades científicas". Para tentar travar a possível inflação das
notas e não tendo "forma de intervir directamente junto das escolas e
dos professores", estão a ser preparadas, durante o próximo ano, medidas
de sensibilização junto dos docentes para alertar que o favorecimento
das notas "não é benéfico para os alunos".
* Os professores menos sérios apenas executaram aquilo que aprendem com os sucessivos governos, ALDRABARAM!
Notas inflaccionadas significa notas aldrabadas!
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