15/10/2014

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Buscas a angolanos em Portugal
. coincidem com Estado da Nação
. em Luanda

À mesma hora em que Eduardo dos Santos se dirigia ao seu país no discurso anual sobre o Estado da Nação, em Portugal decorriam buscas a empresários angolanos devido a suspeitas de branqueamento de capitais. Sobrinho do presidente da Angola será um dos visados.

Ao longo da sua intervenção de 45 minutos perante a Assembleia Nacional, José Eduardo dos Santos nunca mencionou Portugal. Há precisamente um ano, no mesmo palco, o presidente angolano anunciara a suspensão da construção de uma parceria estratégica com Portugal, o ponto mais sensível de uma deterioração das relações bilaterais que Lisboa ainda tenta rectificar.

Na cerimónia de 2014 houve apenas uma referência indirecta a Portugal, mas pela voz do presidente da Assembleia Nacional. Fernando Piedade dos Santos, que discursou antes de José Eduardo dos Santos, deu conta dos esforços feitos por Angola para fixar a sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Luanda.

A abertura do ano parlamentar angolano aconteceu ao mesmo tempo em que, em Lisboa, inspectores da Polícia Judiciária e procuradores do Ministério Público realizavam várias buscas por todo o País. Segundo apurou o Económico, na base dessas buscas, que envolvem cidadãos angolanos, estão suspeitas de branqueamento de capitais. Bento dos Santos, sobrinho por afinidade do presidente angolano, será um dos alvos dos investigadores.

* Temos quase a certeza que as investigações vão ser interrompidas por conveniência política e a responsabilidade não é dos magistrados.
Bento dos Santos só não está preso no Brasil por lenocínio por ter invocado imunidade diplomática. Percebe-se cada vez melhor porque José Eduardo dos Santos e Ricardo Salgado tinham relações tão amistosas.


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