01/09/2014

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HOJE NO
  "DIÁRIO ECONÓMICO"

Schäuble quer um comissário europeu para o Orçamento com poder de veto

O ministro das Finanças alemão defende ainda a existência de um "parlamento da zona euro".
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As regras europeias já prevêem que os orçamentos dos estados-membros sejam analisados, ao abrigo do Semestre Europeu, e alvo de recomendações. Mas o ministro das Finanças da Alemanha considera que é preciso dar um passo maior no sentido da integração.


Num artigo publicado hoje no Financial Times, em conjunto com Karl Lamers, antigo porta-voz da CDU alemã para a política externa, Wolfgang Schäuble sugere que a Comissão Europeia passe a ter "um comissário europeu para o Orçamento, com poderes para rejeitar os orçamentos nacionais, caso eles não correspondam às regras que acordámos em conjunto".

Nos próximos meses a nova estrutura directiva da Europa vai entrar em funções e os ecos de Bruxelas dão conta que o sucessor de Durão Barroso, Jean-Claude Juncker, vai aproveitar para reformular a fundo a composição da Comissão Europeia, compartimentando algumas pastas.

Por exemplo, o finlandês Jyrki Katainen deve manter-se como vice-presidente para os Assuntos Económicos e Monetários, mas terá vários comissários abaixo de si, como é o caso de Pierre Moscovici, que deverá assumir a pasta dos Assuntos Monetários, reportando depois a Katainen. Um eventual comissário para o Orçamento ficaria, à partida, incluído neste compartimento.

A ideia é dividir melhor as pastas, para que sejam menos extensas e possibilitem melhor intervenção dos comissários. Mas também não é alheio o facto de a União Europeia contar agora com 28 países e ser necessário arranjar cargos para todos.

No artigo de hoje, Schäuble fala sobre o alargamento da União e sobre a necessidade de maior integração económica e política, defendendo que, para que tal seja possível, é preciso "estabelecer núcleos de cooperação dentro da União Europeia que permitam a formação de pequenos grupos de estados-membro", à semelhança do que foi feito no final da década de 90 durante o debate sobre a criação da moeda única, em que um núcleo de economias grandes conduziu a discussão.

O ministro alemão defende a necessidade de maior integração política na zona euro, agora que se cimentou a união monetária. "Defendemos também um parlamento da zona euro, com eurodeputados de países da zona euro, para reforçar a legitimidade democrática das decisões que afectam o bloco da moeda única", afirma.

Reconhecendo que "a maioria dos estados-membro não estão actualmente favoráveis a transferir autoridade adicional para a Europa" - e sem referir que a Alemanha se inclui nesse lote -, Schäuble diz que é preciso "continuar a avançar no projecto europeu usando os instrumentos incompletos e imperfeitos que as instituições têm hoje em dia".

* Os burocratas da UE são autênticos vampiros a sugar o dinheiro do cidadão europeu,  o novo presidente indigitado  da comissão pondera criar mais "tachos", um comissário a mais significa a presença de mais 40 "chulaços milionários" para formar  o séquito.

** Schäuble quer a Alemanha a mandar definitivamente em todo o cifrão europeu, abrindo caminho para a criação dum "Reich" económico.


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