HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
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Famílias reutilizam material escolar
Mochilas, cadernos e canetas de todas as cores e formatos despertam a
atenção dos filhos. Já os olhos dos pais são mais atraídos pelos
preços. Poupar é a meta que muitas famílias procuram alcançar por esta
altura, com o início do ano letivo a menos de duas semanas de distância –
as aulas para os ensinos básico e secundário têm início entre 11 e 15
deste mês.
Reutilizar manuais de anos anteriores e comparar as promoções
oferecidas tornam-se rotina durante os próximos dias e podem permitir
às famílias poupar largas dezenas de euros.
Luísa Pedras levou o filho, Rafael, ao Continente do Centro Comercial
Colombo, em Lisboa, para as primeiras compras escolares. Com 10 anos e a
caminho do 6º ano de escolaridade, Rafael "não liga a marcas, desde que
ache graça às coisas", garantiu a mãe ao Correio da Manhã. O orçamento
para este ano "é mais ou menos o mesmo". Aproveitando alguns produtos do
ano anterior, Luísa prevê gastar "60 ou 70 euros em material escolar",
sendo que em livros as contas chegam aos 140 euros.
Com dois filhos em idade escolar, no orçamento de Carla Vaz o rombo
do início das aulas é bem maior. "Entre livros e material para a
Carolina e o Gonçalo, vou gastar 300 a 400 euros, sendo que tentamos
sempre reciclar algumas coisas e no ano passado até trocámos manuais",
contabilizou a mãe, enquanto comprava os primeiros produtos no Jumbo em
Alfragide (Amadora). Carolina, de 11 anos e a caminho do 6º ano,
Gonçalo, com 9 anos e prestes a começar a 4ª classe, fizeram este ano um
pedido especial. "Pediram umas mochilas novas com rodas, ainda vamos
ver se é possível", disse Carla Vaz, que revelou serem os livros a
última compra. "Aprendemos a só comprar os livros, que acabam por ser a
talhada maior do orçamento, mais perto do início das aulas, porque com
as mudanças de edições acabávamos sempre por fazer algumas aquisições
desnecessárias", explicou.
Banco de livros é uma ajuda
Todas as sextas-feiras, a fila à porta do Banco de Livros Escolares
de Coimbra (BLEC) começa bem cedo. As portas só abrem às 15h00, mas os
pais não querem perder a oportunidade de poupar. A ideia é simples: quem
tem manuais escolares de que já não precisa doa-os ao BLEC; quem
precisa vai buscá-los gratuitamente.
Na iniciativa estão envolvidos mais de 40 voluntários, sobretudo
jovens, com idades entre os 10 e os 18 anos, que fazem a triagem dos
livros de modo a entregarem apenas "os que estão de acordo com o pedido
pelo Ministério da Educação", explica Maria José Carrilho, responsável.
O BLEC atende em média 100 pessoas por hora. "Um aluno do secundário,
só em manuais, não fica em menos de 300€. Há pais que conseguem levar
tudo, outros que não levam nenhum", refere. "Já poupei 130 euros", diz,
satisfeita, Paula Silva, a quem só faltam dois manuais para completar a
lista.
"Esta é uma iniciativa fantástica. E não é só a poupança em termos de
dinheiro, mas também de papel", garante Libânia Simões, que poupa todos
os anos "à volta de 300 euros" com a ajuda do banco de livros.
O BLEC funciona todas as sextas-feiras, das 15h00 às 19h00, pelo
menos até 30 de setembro, mas poderá prolongar-se até final de outubro.
* No poupar é que está o ganho.
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