HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Estado arrecada mais 3,5 mil milhões
em impostos em Agosto
Receita fiscal terá superado os 23 mil milhões de euros nos oito primeiros meses. IRC, IRS e IVA são os principais contributos.
Os cofres do Estado arrecadaram, até Agosto, um montante superior a 3,5 mil milhões de euros de impostos para mais de 23 mil milhões de euros face à receita fiscal de 19.898 milhões de euros, registada em Julho, apurou o Económico, antecipando a evolução da receita fiscal nos primeiros oito meses do ano, que será divulgada ao fim da tarde.
O crescimento da receita de impostos registado em Agosto foi de 18%
face ao mês anterior, muito acima do crescimento de 4,8% previsto pelo
Executivo para o conjunto do ano.
Para esta evolução contribuíram
fundamentalmente os impostos sobre o rendimento (IRC e IRS) e sobre o
consumo, nomeadamente do IVA, tendo-se registado uma melhoria em todos
os impostos. Executivo atribui como principal factor da evolução da
receita fiscal o combate à fraude e evasão fiscais.
Em termos homólogos, a receita fiscal cresceu cerca de mil milhões de euros face aos montantes registados em Agosto de 2013.
A receita fiscal do Estado cresceu 3,8% (mais 735,1 milhões de euros)
entre Janeiro e Julho deste ano. Um ritmo um pouco inferior ao
observado até Junho (4,3%), mas acima daquilo que estava previsto
inicialmente no OE/2014, uma evolução de 2,1%, entretanto, revista em
alta no último Rectificativo (4,8%).
O último OE Rectificativo reviu em alta o objectivo inicial de
receita e prevê arrecadar mais 1.161 milhões de euros de impostos (3,2%)
face à previsão do OE/2014 (35.821 milhões).
O IVA será responsável por
974 milhões de euros, mais 7,5% face às previsões iniciais do Governo,
num total de 13.890 milhões de euros, devido à melhoria do consumo
interno (ainda assim evolução da receita fiscal tem sido muito superior
ao crescimento de 1,7% do consumo privado) e pelo combate à fraude e
evasão fiscais, com a introdução das novas regras de facturação
electrónica.
Comparando com a cobrança efectiva de 2013 (35.273 milhões
de euros), o acréscimo de receita fiscal é ainda superior, mais 1.700
milhões de euros (4,8%), mesmo sem perdão fiscal (rendeu 1.000 milhões,
em 2013) e aumentos nos impostos.
O acréscimo de receita fiscal esperado no final de 2014, em
conjugação com o acréscimo de impostos verdes, poderá permitir ao
Governo reduzir a sobretaxa de IRS.
A dimensão do corte será decidida nos próximos dias, tendo já o
primeiro-ministro feito depender essa redução da análise de dados mais
recentes da execução orçamental, que será hoje à tarde divulgada.
Em causa poderá estar um corte da sobretaxa de IRS de 3,5% para 2,5%,
correspondendo à redução de um ponto percentual a cerca de 200 milhões
de euros (no total da receita de 740 milhões).
* Um governo "taliban"
.
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