HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
"CORREIO DA MANHÃ"
Enfermeiros cumprem primeiro
dia de greve nacional
Protestam contra "grave carência" de profissionais.
A esmagadora maioria dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS)
registou uma adesão dos enfermeiros à greve acima dos 80%, segundo
dados revelados esta quarta-feira pelo sindicato.
José Carlos Martins, presidente do Sindicato dos Enfermeiros
Portugueses, considerou que esta "forte adesão" é também uma resposta ao
Ministério da Saúde, que aludiu a uma banalização das greves.
O sindicalista falava aos jornalistas numa conferência de
imprensa ao final da manhã no Hospital de São José, unidade que registou
mais de 95% de adesão dos enfermeiros à greve.
Primeiro de dois dias de greve
Os enfermeiros portugueses cumprem esta quarta-feira o primeiro de
dois dias de greve nacional contra a "grave carência" de profissionais
nas unidades públicas de saúde e pela dignificação da profissão e da
carreira de enfermagem.
"A quase totalidade dos enfermeiros faz entre 48 a 56 horas por
semana, está impedida de gozar as folgas que a lei impõe e não se
perspetiva quando poderão gozar os milhares de dias em dívida", referia o
Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) num comunicado divulgado na
véspera do primeiro dia de greve.
Para o SEP, "a grave carência de enfermeiros em todas as
instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não se minimiza com a
contratação de apenas mais 700 enfermeiros, em 2015, além dos mil já
anunciados a 18 de setembro".
Reação do Ministério da Saúde
Numa reação a estas declarações, o Ministério da Saúde veio
lamentar o que considera ser a "banalização da greve", sublinhando ainda
ter-se comprometido com a "autorização de contratação de mais de 1700
enfermeiros no período de outubro de 2014 a outubro de 2015".
Nas contas dos sindicalistas, seriam precisos mais 25 mil
enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde, a juntar aos cerca de 39 mil
existentes nos serviços públicos.
O SEP exige ainda uma valorização da profissão, as 35 horas
semanais de trabalho para todos, a progressão na carreira e a reposição
do valor das horas suplementares e noturnas.
* O Ministro da Saúde já banalizou há muito o sector da saúde desde que se decidiu pela subserviência à Ministra das Finanças.
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