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HOJE NO
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Conselho Económico e Social diz que
. politica de crescimento nas GOP está
. desarticulada da política de emprego
O CES chama ainda a atenção para o facto de a proposta do governo não dar informação "sobre a intenção ou não de reduzir os rendimentos dos pensionistas"
O
Conselho Económico e Social (CES) considera que a política de
crescimento explicita na proposta governamental de Grandes Opções do
Plano (GOP) para 2015 esta desarticulada da política de emprego, refere
um documento hoje enviado aos parceiros sociais.
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"A desarticulação da política de crescimento com a política de
emprego é evidente, baseando-se na continuação dos programas de apoio às
empresas para a contratação de trabalhadores a baixo ou nenhum custo", é
afirmado no projeto de parecer sobre as GOP que o plenário do CES
deverá aprovar na terça-feira, a que a agência Lusa teve acesso.
O CES considera também que "não é dada a devida relevância às medidas
de combate ao desemprego por via da qualificação ou da requalificação
dos trabalhadores, com especial incidência no desemprego de longa
duração".
"Por outro lado, nada é afirmado quanto à política de rendimentos nem
quanto ao salário mínimo e à contratação coletiva", salienta o
documento, que ainda poderá sofrer alterações no âmbito da sua discussão
em plenário.
Quanto às políticas sociais previstas nas GOP, o CES considera que
elas se limitam "à descrição de um conjunto de medidas com pendor
assistencialista, não havendo a adequada articulação com a política de
rendimentos e com a política de emprego, condição fundamental para a
autonomia das pessoas e sustentabilidade das suas perspetivas futuras".
"O CES não pode deixar de demonstrar a sua preocupação face à
ausência de referências às prestações sociais num quadro de contínua
degradação das mesmas, bem como dos custos com bens e serviços básicos
(saúde, educação, habitação, energia, transportes, etc.) suportados
pelas pessoas", é assumido no documento que teve como relator o
conselheiro Adriano Pimpão.
O CES chama ainda a atenção para o facto de a proposta do governo não
dar informação "sobre a intenção ou não de reduzir os rendimentos dos
pensionistas".
No projeto de parecer o CES recomenda que "a transferência de
competências, que se está a operar para o sector social, não ponha em
causa o acesso das famílias de muito baixos rendimentos aos apoios,
nomeadamente à infância e aos idosos, e que são parte integrante das
funções sociais da responsabilidade do Estado".
O Conselho Económico defende também uma mudança de política para a
Administração Pública, orientada para a qualificação dos seus quadros e
para um melhor acesso dos cidadãos aos serviços públicos.
No projeto de parecer sobre as GOP para 2015, aprovado pela Comissão
Especializada em Política Económica e Social (CEPES) do CES na
quinta-feira, o CES chama a atenção para a ausência de referência às
políticas de Reforma do Estado, “limitando-se as GOP a enunciar as
medidas de reestruturação da Administração Pública, nomeadamente as que
se referem à gestão de recursos humanos”.
Estas medidas reforçaram a preocupação do CES, que teme “a
transformação da chamada reforma da Administração Pública num
instrumento para reduzir ainda mais, o número de trabalhadores e as suas
remunerações, bem como para reduzir as prestações sociais e os serviços
públicos prestados”.
“O redimensionamento da Administração Pública parece centrar-se
essencialmente na redução de efetivos, quando em três anos já houve uma
redução de 60.000 postos de trabalho”, afirma o CES.
No documento, o Conselho Económico e Social defende que o crescimento
económico deveria ser a prioridade do Governo para o próximo ano e que
isso deveria estar expresso nas Grandes Opções do Plano (GOP) para 2015.
O CES considera que, “sem um crescimento económico médio anual nos
próximos anos de cerca de 2% a 2,5%, não haverá qualquer esperança para a
criação de emprego produtivo, nem será possível cumprir o Tratado
Orçamental sem a existência de altos níveis de austeridade".
"No texto das GOP 2014 afirmava-se que se iria iniciar um novo ciclo.
Porém, ao ler o projeto das GOP para 2015, verifica-se que vai
continuar a existir uma evidente dependência da economia real face à
economia financeira. A orientação geral para 2015 é assim e a este
respeito, a mesma que tem vigorado no passado recente", refere o CES.
O CES considera que o documento das Grandes Opções do Plano (GOP) não
apresenta uma orientação estratégica para 2015 e falha enquanto
proposta do Governo.
O documento do CES afirma que a proposta de GOP do Governo não cumpre
"o objectivo de apresentação duma orientação estratégica para 2015 e
limita-se em grande parte a descrever as medidas adoptadas pelo Governo
nos últimos 3 anos".
O CES criticou ainda que as GOP não falem da posição de Portugal face
ao euro e recomendou que isso seja incluído no texto das GOP.
O CES recomenda que esta análise faça parte do texto do documento das
GOP porque considera que "sem o conhecimento da posição de Portugal
sobre as reformas a operar na zona euro é muito difícil analisar
estrategicamente o futuro do País".
O Conselho Económico e Social (CES) criticou também a falta de
cenário macroeconómico para 2015 na proposta de Grandes Opções do Plano
do Governo e considerou que essa lacuna dificulta uma avaliação da
política económica para 2015.
Para o Conselho Económico e Social "estas falhas desvalorizam o
documento das GOP e inviabilizam em grande parte o exercício de audição
do CES na base da fundamentação quantificada desse mesmo exercício e do
consequente contraditório por parte do Governo".
No projeto de parecer o CES volta a insistir na necessidade de
reduzir a carga fiscal sobre as famílias, com o objetivo de dinamizar a
procura interna e o mercado doméstico.
* Não há volta a dar, a incompetência é apanágio deste governo, os ministros, com raras excepções, são são uns fala-baratos, já foram dois ao "Perdoa-me", está na hora de irem para casa.
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