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"JORNAL DE NEGÓCIOS"
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Portugal no 21.º lugar em 'ranking' de 37 países relativo ao salário médio anual
Portugal ocupa a 21.ª posição entre 37 países da
Europa, Médio-Oriente e África no que se refere ao salário médio líquido
anual de um profissional sénior, num 'ranking' liderado pela Suíça,
Noruega e Dinamarca.
De acordo com
as conclusões de um estudo da consultora Mercer sobre os custos totais
do trabalho no mundo, divulgado esta segunda-feira, 29 de Setembro, em
Portugal o valor médio de salário líquido anual para profissionais
seniores é de 28.194 dólares, o que compara com os 129.329 dólares da
líder Suíça, os 98.778 dólares da Noruega (que surge na segunda posição)
e os 95.137 dólares da Dinamarca (terceiro lugar).
No extremo inverso surge a Argélia, cuja remuneração média anual é de 14.181 dólares.
Já nos países analisados na região Ásia-Pacífico, a Índia surge com o
salário líquido anual mais baixo para um profissional sénior (6.585
dólares), sendo que este valor representa apenas 10% do salário mais
elevado oferecido na mesma região (67.358 dólares pagos na Austrália
para a mesma função).
Quanto ao continente americano, o primeiro lugar é ocupado pelo
Canadá, que regista um valor de 64.107 dólares, seguido dos EUA (61.152
dólares) e de Porto Rico (55.897 dólares), enquanto em último lugar
surge o México, com 22.317 dólares.
Entre os países avaliados, a Mercer destaca ainda a França como o que
apresenta o valor mais alto de contribuição obrigatória do empregador
sobre a percentagem do salário-base anual (45,2%), sendo que, na
América, o país em que o peso do salário em proporção ao total de custos
de trabalho é mais alto para cargos de administração e posições
seniores é os EUA.
No trabalho faz-se notar que um salário-base anual elevado "não
corresponde, necessariamente, ao custo total de um colaborador para uma
empresa", já que "o custo total de contratar alguém implica a soma de
todos os custos directos e indirectos atribuídos aos colaboradores, o
que inclui o salário-base, benefícios, contribuições para a Segurança
Social e impostos".
"O custo total de contratar um colaborador é consideravelmente mais
elevado do que apenas o seu salário mensal, embora os colaboradores
utilizem esta medida para avaliar outras potenciais posições similares
no mercado", refere o responsável de Estudos de Mercado da Mercer
Portugal, Tiago Borges.
Neste sentido, sustenta, também "as empresas quando contratam devem
ter a responsabilidade de não só obter uma compreensão completa dos
custos totais - por posição e geograficamente - e como é que estes se
comparam no mercado, como também comunicar o valor real dos pacotes de
compensação para os atuais e potenciais colaboradores".
"Desenhar um pacote de compensação atractivo que favoreça tanto o
colaborador como o empregador é um dos principais e mais difíceis
desafios dos departamentos de recursos humanos, especialmente para
organizações multinacionais que têm de considerar o custo total de
contratações, o qual implica a soma da remuneração total anual mais as
contribuições obrigatórias do empregador", sustenta.
* Não se conhecem os nomes da listagem para tudo ficar mais claro
.
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