HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Consumo de TV em Portugal ao nível dos países mais desenvolvidos do mundo
A forma como os portugueses “consomem” TV e vídeo está a mudar drasticamente. 78% já não vê televisão em directo.
O consumo de televisão em Portugal já é dos mais
sofisticados do mundo "equiparado aos EUA, Inglaterra ou Norte da
Europa", disse Rodolfo Correia, responsável pela oferta de TV e media na
região Mediterrâneo da Ericsson.
SOFISTICAÇÃO I |
Na apresentação do estudo
anual Ericsson ConsumerLab TV & Media 2014, que integra pela
primeira vez dados do mercado nacional, também Pedro Queirós, presidente
da Ericsson Portugal, considerou que o país está "muito desenvolvidos
do ponto de vista tecnológico", com serviços que se encontram em "poucos
sítios" do planeta, "redes de grande sofisticação e qualidade".
Terá
sido aliás o forte investimento em tecnologia, levado a cabo pelas
operadoras de televisão, que veio alterar os hábitos de consumo de
conteúdos, com equipamentos que permitem ao espectador criar a sua
própria grelha. Sinal disso é que "em Portugal, o serviço ‘on-demand' já
ultrapassou o consumo de conteúdos linear", explica Rudolfo Oliveira.
O
estudo divulgado pela Ericsson mostra que 78% dos consumidores
portugueses já visualizam conteúdos em ‘streaming' (difusão ‘online' de
som e imagem sem necessitar de fazer download) várias vezes por semana,
enquanto 69% vê televisão tradicional (em directo). A nível mundial, a
diferença é de dois pontos percentuais, de 75% para 77%, mas aqui ganha a
TV tradicional.
Uma das práticas cada vez mais popular dos novos
serviços de vídeo ‘on-demand' é o ‘Binge viewing', que consiste no
consumo contínuo de um tipo de conteúdo, como por exemplo múltiplos
episódios de uma série, e que está em evidente contraste com a
experiência da televisão tradicional, em que se espera uma semana por
cada novo episódio de uma série favorita. Quase metade dos inquiridos
(49%) preferem mesmo que todos os episódios de uma série sejam
disponibilizados de uma só vez, de forma a poderem escolher quando os
querem ver. Na ausência desta funcionalidade, os consumidores optam por
gravar os conteúdos e vê-los mais tarde.
Os resultados do estudo
indicam também que os portugueses estão cada vez mais dispostos a pagar
pelo acesso aos seus conteúdos preferidos bem como por funcionalidades,
como a disponibilização de conteúdos televisivos à ‘la carte', a
disponibilização de filmes ao mesmo tempo que estreiam no cinema, uma
excelente qualidade de imagem e legendas em todos os filmes, programas e
séries.
A nível global, a Ericsson destaca ainda o aumento de
25%, em apenas dois anos, do número de consumidores dispostos a pagar
pelo acesso a conteúdos em qualquer dispositivo. No que diz respeito aos
dispositivos mais utilizados, a televisão continua a ser a preferida
para a visualização de filmes (cerca de 16 horas por semana), seguida do
portátil e do desktop. Já nos ‘smartphones', os portugueses gastam em
média quatro horas por semana a ver vídeos. Globalmente, este é o
dispositivo onde a visualização de vídeos mais tem crescido, com um
aumento de 15% desde 2012.
"Os resultados [deste estudo],
baseados em entrevistas a mais de 23.000 pessoas de 23 países, mostram
que a mudança no comportamento do consumidor continua a impulsionar as
alterações nas indústrias de televisão e de media, o que levou a um
afastamento de antigos formatos e de modelos de negócio e ao início de
uma era de entretenimento de alta qualidade e on-demand", explicou a
Ericsson.
* Alta tecnologia para ver elevada boçalidade, "a casa das partes pudendas à mostra" tem mais share que todos os programas de análise social, económica e política juntos.
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