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"JORNAL DE NOTÍCIAS"
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Grau de satisfação com a
democracia diminui desde 2009
A satisfação dos portugueses com a
democracia tem diminuído desde 2009, ano em que se instalou uma crise
financeira, sendo a maior desconfiança relativa aos partidos políticos,
segundo dados do Portal da Opinião Pública apresentados, esta
quarta-feira.
De acordo com os dados, citados
durante a apresentação preparatória do debate "à Procura da Liberdade",
da Fundação Francisco Manuel dos Santos, "as perceções sobre o regime
democrático têm vindo a degradar-se".
Em 2007, o grau de satisfação dos portugueses com a democracia
situava-se nos 2,3 (numa escala de 1 a 4), valor que aumentou
ligeiramente em 2009, para 2,4, mas que tem diminuído anualmente desde
então.
Em 2013, um ano antes do 40º aniversário do 25 de Abril, o grau de satisfação estava nos 1,8, avança a mesma fonte.
Uma tendência que também se verificou noutros países, como a Espanha e a
Grécia, onde os valores eram, em 2007, de 3 e 2,7, respetivamente, e
passaram para 1,9 e 1,7 em 2013.
Distanciamento dos partidos
A maior desconfiança dos portugueses é para com os partidos políticos -
nos quais apenas 9% acredita - mas revela-se em relação a todas as
instituições democráticas.
Este distanciamento, refere o estudo, "traduz-se também num aumento das
taxas de abstenção", que foi de 8,5% nas eleições legislativas de 1975 e
passou para 41,9% nas de 2011.
Ainda assim, Portugal protagonizou, em 1974, o arranque de uma era de
democratização mundial, que se estendeu depois a Espanha (1975), Brasil
(1989) e Chile (em 1989).
Uma segunda era de democratização aconteceu a partir de 1989, com a
queda do muro de Berlim e o colapso da União Soviética, sendo que, hoje,
"perto de 75% dos países do mundo podem ser considerados democracias
plenas ou parciais", conclui o estudo citando a Freedom House.
A análise foi referida durante a apresentação do terceiro encontro
"Presente e Futuro", que se irá realizar em outubro sob o tema "à
Procura de Liberdade".
O encontro, promovido pela Fundação Manuel dos Santos, irá contar com
mais de 50 oradores portugueses e internacionais para discutir a ideia
da liberdade, a liberdade em Portugal e o futuro da liberdade.
* Somos um povo com uma ténue vivência democrática, 40 anos. Grande parte deste povo envelhecido viveu sob o jugo salazarento durante 50 anos, veio o 25 de Abril e rompeu um sol de esperança, mas a promiscuidade entre poderes público e financeiro tem sido um vexame.
A maior parte dos portugueses só conhece esta "democracia", a dos sobreiros, a dos submarinos, a das fundações, a dos sucateiros, a dos banqueiros e a das privatizações de importante património.
Houve quem tivesse metido o socialismo na gaveta, houve quem matasse um primeiro ministro, houve quem se licenciasse ao domingo ou com equivalências, houve quem se lamuriasse com a reforma, há pedófilos e ex-considerados pedófilos, existe uma subserviência ao "tacho" e a mentira é a lei que nos rege, quem pode gostar desta democracia???
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